Anunciado em 2019 e projetado em uma área de 330.000 m², o Parque Ecológico Urbano de Campos, que será construído na avenida Arthur Bernardes, parece estar mais próximo de sair do papel. Oficialmente, a Prefeitura de Campos diz que ainda este mês será anunciado o início das obras de construção do portal do Parque, mas em entrevista concedida ao programa Folha no Ar, da Folha FM, o prefeito Wladimir Garotinho afirmou que a construção será iniciada no mês de maio.

Ainda segundo o prefeito, a concessionária Águas do Paraíba ficará responsável pela construção do pórtico. “Nós fizemos, no final do ano passado, um termo aditivo no contrato da Águas do Paraíba, em que demos várias obrigações a ela além do que está previsto em contrato. Uma das obrigações é o início da construção do pórtico do Parque Ecológico Municipal (...) A Águas do Paraíba está na fase interna de finalização de licitação para a contratação da empresa que vai começar a fazer”, disse.

O Parque Ecológico Urbano de Campos ficará uma área que foi concebida pelo ISE-CENSA. O projeto, que é desenvolvido pela Secretaria de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente, seria dividido em três etapas. A primeira, que inclui o cercamento e topografia da área, foi orçada em R$ 214.267,44. A etapa seguinte seria a conclusão do projeto de arquitetura e do centro administrativo. E a última etapa seria a construção do centro administrativo e do pórtico de entrada.

Parques públicos municipais e áreas verdes, que ofereçam à população opções de lazer e prática de esportes, são demandas antigas em Campos. Em outubro de 2013, havia um acordo entre a Prefeitura e a Justiça para a construção de um Parque Municipal, mas o projeto não foi adiante e acabou substituído pela abertura do Bosque do Hospital Manoel Cartucho à população, em 2015.

O bosque, que ocupa 20 mil metros quadrados em terreno amplamente arborizado no Parque Rosário, passou a ser uma opção de área verde em Campos e tinha muita procura nos finais de semana, mas teve as atividades suspensas em 2019, após funcionar por cerca de dois anos, ser fechado e reabrir em agosto de 2018.

As áreas verdes são importantes para o Meio Ambiente, desempenhando um papel crucial na absorção de dióxido de carbono, na produção de oxigênio e na regulação do clima local. Além disso, servem como habitat para uma variedade de espécies vegetais e animais, contribuindo para a biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas. O ambientalista Arthur Soffiati defende que a área em que o Parque será construído na Arthur Bernardes se estenda até o Canal de Tócos.

“De acordo com a ONU, as cidades de médio e grande portes devem ter 12 m² por habitante. Entendo que a área da prefeitura é menor que a exigida pela ONU, mas é melhor do que nada. Minha proposta é que, junto a Artur Bernardes, exista uma área acessível a todos e que ela vá se tornando mais selvagem em direção ao canal de Tocos”, explicou.