Campos investiga a primeira morte suspeita por dengue em 2025
28/01/2025 14:55 - Atualizado em 28/01/2025 15:25
Ação de agente de endemias
Ação de agente de endemias / Secom Campos - Divulgação
Campos investiga a primeira morte suspeita por dengue em 2025. A informação é da secretaria municipal de Saúde, que já contabiliza 166 casos notificados da doença, além de oito de chikungunya em janeiro. Não há registro de casos de zika. O município está em alerta para a dengue, após o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) apontar Índice de Infestação Predial (IIP) de 6%, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde é de 1%.
Diante do quadro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti no município, em especial nos 23 bairros que apresentaram alto índice de infestação do mosquito durante o LIRAa, que estão recebendo o mutirão de conscientização da população, prevenção e combate ao vetor.
De acordo com o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos, esse índice já era esperado devido à combinação de chuvas e altas temperaturas registradas antes e durante a semana do LIRAa. “Essa é uma condição que aumenta a proliferação do vetor. Historicamente, o primeiro LIRAa tem o índice alto por causa do período de sazonalidade ambiental”, destacou.
Além do IIP de 6%, a pesquisa de campo do LIRAa, realizada entre os dias 6 e 10 de janeiro, também apontou o Índice de Breteau (IB), que foi de 8,8%, tendo os depósitos do tipo móveis como os mais usados pela fêmea do mosquito para depositar seus ovos. “Entre esses depósitos estão os vasos e frascos com água, pratos, recipientes de degelo de refrigeradores e ar-condicionado, bebedouros de animais, tanques em obras, borracharias e hortas; calhas, entre outros”, enumerou o coordenador.
Segundo o CCZ, o objetivo dos mutirões de combate à dengue é conscientizar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti por meio de trabalho de educação em saúde, visita domiciliar, recolhimento de inservíveis, colocação de tela, aplicação de inseticida, pulverização com equipamento costal e carro fumacê. As ações programadas serão realizadas às sextas-feiras, com exceção dos dias 26 e 27, que serão quarta e quinta-feira e serão complementares às visitas domiciliares que já são realizadas diariamente.
— Para que a gente consiga diminuir a proliferação do mosquito e, consequentemente, o número de casos de doenças e mortes decorrentes de infecção por dengue, chikungunya e zika, é preciso não deixar água parada. Tão importante quanto remover qualquer recipiente que sirva de criadouro do mosquito é o morador receber os agentes de endemias. Então, peço à população que atenda o agente para que ele faça o trabalho e assim ficarmos livres dessas doenças — reforça Claudemir.
Outra preocupação das autoridades de Saúde é em relação ao sorotipo 3 da dengue, que apesar de não ter registro de caso no município, já teve o primeiro caso registrado no estado do Rio de Janeiro e voltou a circular no país depois de 17 anos.
Dados — Em 2024, Campos registrou 26.633 casos de dengue, com quatro óbitos, e 1.791 casos notificados de chikungunya, com duas mortes. Não houve registro de casos de zika no ano passado.
Estado — No Rio de Janeiro, foram registrados 2.315 casos prováveis de dengue em 2025, com 148 internações e um óbito confirmado pela doença. Em 2024, foram registrados, ao longo de todo o ano, 302.316 casos prováveis, 9.703 internações e 232 óbitos por dengue.
Neste ano, até 7 de janeiro, também foram registrados 20 casos prováveis de chikungunya, sem internações ou óbitos. Em 2024, foram registrados 4.736 casos prováveis da doença, com 179 internações e seis óbitos confirmados. Não há casos confirmados de zika neste ano e nem em 2024.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS