Deputada federal Chris Tonietto
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Foto: Rodrigo Silveira
Cumprindo agenda em Campos nesta terça-feira (21), a deputada federal Chris Tonietto, engajada com a situação dos voos da companhia aérea Azul, falou com a Folha da Manhã sobre a informação divulgada no último domingo (19), pelo Blog Ponto de Vista, a respeito do encerramento das operações da Azul em Campos. A deputada enviará um ofício para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o suspensão de voos.
O cancelamento das operações na cidade passa a valer a partir do dia 10 de março, extinguindo o voo regular para Campinas, em São Paulo. A Azul alegou aumento nos custos operacionais, com a disparada do dólar, e a necessidade de tornar as operações mais rentáveis. Segundo a deputada, é uma situação que afeta todo mundo, mas é preciso entender os estudos feitos para chegar a essa tomada de decisão.
“Primeiro, a gente precisa ver qual é a avaliação que eles estão fazendo. Eu quero saber qual é o estudo que foi feito, algum impacto que eles fizeram. Com certeza, se eles tomaram essa medida, algum estudo pretério eles devem ter feito. Análise, inclusive, de impacto. Então, eu quero saber quais foram os estudos que eles fizeram para entender esse quadro, para que a gente possa, então, buscar as melhores soluções. Os maiores prejudicados nesse momento são as pessoas que estão sendo afetadas de Itaperuna, Campos e Macaé. Acho até que afeta a todo mundo. Agora, eu quero saber as motivações por parte deles também”, disse Chris Tonietto.
Chris Tonietto
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Foto: Rodrigo Silveira
A deputada federal está envolvida na luta dos voos de Campos. Ela já oficiou a ANAC, em um segundo momento, pedindo esclarecimento quando ocorreu o corte de voos de Campos para o Rio de Janeiro. Chris Tonietto explica que formalizará um ofício e encaminhará para a Aviação Civil para tomar as providências cabíveis sobre a suspensão dos voos da Azul.
“De todas esses entraves que estão acontecendo, que, infelizmente, vieram para prejudicar, principalmente a questão da Azul, e nesse sentido a gente está tomando algumas providências. Vamos oficiar a Aviação Civil, vamos provocar a área competente para que realmente possamos ter providências cabíveis. Também precisamos ter uma apuração e tentar entender a motivação disso, porque tem coisas que na nossa cabeça ficam quase como sem explicação, então a gente precisa provocar a autoridade competente para que nos respondam assertivamente a motivação, também saber os estudos que eles fizeram e por que eles fizeram, porque está impactando em sentido negativo para a população local, então a gente está aí atendendo essas demandas populares, a gente já foi provocado também pela população nesse sentido, os munícipes nos procuraram para que a gente pudesse fazer esse meio de campo, por assim dizer. Então, é da nossa função a fiscalização e também, por que não dizer provocar, as autoridades competentes para que possam agir dentro da sua função. Então, a gente vai fazer esse ofício para a aviação civil e tão logo a gente tenha respostas, a gente vai publicizá-las também”, finalizou a deputada.
Por meio de nota, a Infra Operações Aeroportuárias, concessionária que administra o aeroporto Bartolomeu Lisandro, lamentou a decisão unilateral da Azul de suspender a rota diária comercial de Campos para Campinas. “A Infra está se reunindo com autoridades locais e estaduais para tentar reverter a decisão da Azul, que pode ter grande impacto na economia de Campos. A concessionária reforça que o Bartolomeu Lisandro tem toda infraestrutura para receber novos voos e que irá fazer todos os esforços para trazer outras rotas para o terminal”, informou.
A companhia Azul Linhas Aéreas, também por meio de nota, contou que está sempre avaliando as possibilidades e necessidades de mercado e, consequentemente, mudanças fazem parte do planejamento operacional. “Como empresa competitiva, a companhia reavalia constantemente as operações em suas bases, como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”.
A companhia afirmou que irá suspender as operações em Campos devido a uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, “impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, somadas às questões de disponibilidade de frota e de ajustes de oferta e demanda”, finalizou a nota.