Projeto "Mulheres de Areia" foca em mulheres que vivem avanço do mar em Atafona
Dora Paula Paes 10/04/2024 17:08 - Atualizado em 10/04/2024 17:11
Divulgação
São João da Barra recebe a equipe do “Mulheres de Areia, Memórias de Atafona” neste mês de abril. O projeto de Pesquisa & Preservação da Memória foi aprovado na Lei Paulo Gustavo (RJ) de 2023 e mapeia a relação de afeto de mulheres de Atafona com o território em que vivem. Nesta quarta-feira (10), com o apoio da secretaria de Turismo e Lazer, acontece uma roda de conversa, às 19h, no Colégio Estadual Newton Alves.
Idealizado pela jornalista niteroiense Ana Luiza Cassalta e pelo fotógrafo carioca Flavio Veloso, o projeto elegeu oito mulheres para representar a comunidade feminina da região. A iniciativa, de acordo com a pesquisadora, visa mostrar como o lugar provoca nestas mulheres emoções e comportamentos que as fazem capazes de agir e reagir, além de destacar como elas também impactam e influenciam o lugar onde moram e a comunidade na qual convivem.
Para a roda de conversa de hoje foram convidados a líder da Cooperativa Arte Peixe, Fernanda Pires, e os professores da Uenf Teresa Peixoto e João Almeida. As mulheres de Atafona, em destaque, são:

- Carmélia Barreto, autora do livro “A Ilha da Convivência e seu povoado”;
- Camila Hissa, empresária cuja família já perdeu quatro restaurantes para o processo erosivo. Estão com a quinta unidade do restaurante em pleno funcionamento;
- Fernanda Pires, líder da Cooperativa Arte Peixe e Presidente do Conselho das Mulheres;
- Izabel Gregório, agente Literária da Editora Gregório, Escritora, Ambientalista e Professora;

- Joice Pedra, bióloga, engenheira ambiental e política em São João da Barra;

- Lúcia de Jesus, artesã, dona de casa e integrante da Cooperativa Arte Peixe

- Odinéia Pereira, empresária que já teve Posto de Gasolina e Frigorífico engolidos pelo mar, assim como, casas dela e de seus familiares. Reconstruíram tudo;

- Sônia Ferreira, moradora que resistiu por décadas em sua casa até a erosão chegar ao imóvel. Atuante na área cultural, social e religiosa do distrito.

“Estamos muito felizes de poder realizar a pesquisa neste local único que é Atafona. Tem sido uma experiência especial ouvir tantos relatos de superação, resiliência e determinação das mulheres que aqui vivem. E perceber que as mulheres estão em constante transformação, assim como o distrito de Atafona”, afirmou a jornalista Ana Luiza Cassalta.

O desenvolvimento do projeto pode ser acompanhado pelo Instagram @memoriasdeatafona. Em breve, será lançado o site, com a matéria jornalística completa, entrevista das oito moradoras de Atafona, fotos e vídeos do processo de pesquisa.

“É muito importante apoiar esse tipo de iniciativa, pois além de contarem nossa história, o nome do município alcança mais pessoas, gera interesse em conhecer a cidade, sem falar na geração de renda. Para o desenvolvimento do projeto, foram contratados profissionais da cidade e utilizados serviços de hospedagem e alimentação”, reforçou o secretário de Turismo e Lazer de SJB, Edivaldo Machado.
Assessoria 

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