Técnicos do Iphan chegam a Campos para vistoria em prédios históricos - Solar dos Airizes e do Colégio estão na agenda
Edmundo Siqueira 03/07/2023 12:26 - Atualizado em 03/07/2023 21:52
A estrutura do Solar dos Airizes com sinais claros de fragilidade estrutural. Embora tenha passado por intervenções no telhado há alguns anos, algumas paredes e esquadrias já caíram.
A estrutura do Solar dos Airizes com sinais claros de fragilidade estrutural. Embora tenha passado por intervenções no telhado há alguns anos, algumas paredes e esquadrias já caíram. / Foto: Edmundo Siqueira
Com início nesta segunda (3), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) agendou uma série de visitas em Campos dos Goytacazes, que incluem o Solar dos Airizes, o Solar do Colégio, onde hoje está abrigado o Arquivo Público, o Solar da Baronesa, que hoje pertence à Academia Brasileira de Letras (ABL) e o Canal Campos-Macaé. As visitas foram agendadas junto aos órgãos de cada patrimônio, e a previsão é que se estendam por toda semana.
O Iphan tem quatro imóveis tombados na cidade, além do Airizes, Baronesa e Colégio, também está na lista o Asilo do Carmo. A visita em Campos trata-se de uma ação técnica, de acompanhamento dos bens tombados. Amanhã (4) está previsto a visita no Solar dos Airizes, na BR-356, e na quarta-feira (5) no Solar do Colégio, em Tocos, onde está instalado o Arquivo. 
Sobre o Solar dos Airizes, o Iphan pretende vistoriar as condições atuais do prédio para a realização de novo parecer técnico. Em oficio recente, Carina Mendes dos Santos Melo, Chefe Substituta do Escritório Técnico da Região dos Lagos, solicitou apoio ao órgão em âmbito nacional para avaliar, entre outro itens, a "culpabilidade dos proprietários, seja por conduta omissiva ou comissiva".
O prefeito Wladimir Garotinho anunciou recentemente uma proposta de parceria entre a prefeitura de Campos e a Ferroport, empresa do Porto do Açu, que faria obras de restauro no Solar dos Airizes através de captação de recursos via leis de incentivo. Um grupo de trabalho foi criado para acompanhar a parceria.
O Solar corre sério risco de ruína, e é objeto de uma ação judicial de 2017, com trânsito em julgado, onde é determinado que a prefeitura de Campos faça a restauração total e imediata da construção histórica. Até o momento nenhuma ação de restauro foi iniciada pela prefeitura.

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