Subsecretário de Witzel no Açu por nova rodovia ligando o Porto à BR 101
06/10/2019 10:17 - Atualizado em 07/10/2019 21:55
Visita técnica ao Porto
O subsecretário de Concessões e Parcerias do governo do Estado do Rio de Janeiro, Gilmar Viana, realiza visita técnica ao Porto do Açu, nesta segunda-feira (7), para conhecer o traçado da futura rodovia RJ 244, que ligará o terminal portuário à BR 101. Os estudos para a implantação já foram finalizados e o próximo passo é a realização de audiências públicas para apresentação do projeto aos municípios de Campos e São João da Barra. O edital de licitação deve ser publicado no primeiro trimestre de 2020.
Gargalo logístico
O posicionamento estratégico do Porto do Açu, localizado próximo aos poços de produção da Bacia de Campos, o calado para receber os maiores navios do mundo e a retroárea que possibilita a expansão industrial são pontos positivos do empreendimento que fica em São João da Barra. No entanto, o difícil acesso terrestre é um gargalo logístico. Não é por menos que é importante discutir a abertura da rodovia estadual, que faz parte de um pacote de concessões. O chamado “corredor logístico” tem previsão de 45 quilômetros, entre a BR 101, em Campos, e o terminal portuário sanjoanense.
Alternativas em debate
A rodovia estadual é importante, mas não é a única forma de acabar com o gargalo logístico do Porto. A prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), esteve em Brasília na última semana e voltou a reivindicar, no Ministério da Infraestrutura, a duplicação da BR 356, no trecho Campos-SJB. Outro assunto debatido, e de extrema importância para a região, é a construção da EF 118, ferrovia que ligará o Rio de Janeiro ao Espírito Santo. Outra construção atravancada e que poderia encurtar o caminho terrestre entre SJB e o Espírito Santo é a Ponte da Integração. Iniciada em 2014, a obra não tem sinal de ser concluída.
Positivo
No Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, ontem, a Prefeitura de Campos divulgou um balanço. Por meio do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), foram mais de 400 beneficiados. De acordo como município, neste ano foram aprovadas 215 novas propostas, no valor de R$ 983.230,63. Pela Casa do Empreendedor, desde 2017, cerca de 4,5 mil pessoas se tornaram microempreendedores individuais na cidade. O Novo Fundecam, reformulado em 2017, conta com quatro linhas de crédito — Fundecam Empreendedor, o Fundecam Agricultura Familiar, o Fundecam Inovação e o Fundecam Economia Solidária.
Sem CPI
A bancada governista da Câmara Municipal de Macaé derrubou a proposta do vereador Maxwell Vaz (SD) de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Saúde. Segundo Maxwell, a proposta tramitava na Casa desde maio deste ano e veio acompanhada de um dossiê com inúmeras denúncias da população, além de documentos que indicavam irregularidades na gestão atual. Além de dizer que a secretaria de Saúde mentiu em respostas solicitadas pelo seu gabinete, Vaz informou que a pasta mantém servidores em escalas de trabalho desumanas.
 
 
Impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesse sábado (5), em evento realizado pela revista Piauí (o Festival Piauí de Jornalismo), que o ex-presidente Michel Temer (MDP) “operou” o impeachment de Dilma Rousseff (PT), de quem era vice. A ex-presidente perdeu o mandato, definitivamente, em agosto de 2016. Na avaliação de Maia, foi um erro do ex-presidente porque, para ele, Dilma “ia cair de qualquer jeito”. O presidente da Câmara condenou a forma de atuação. Ele também poderia ter feito o mesmo com Temer, na mira de denúncias, à época, mas, como disse, preferiu adotar um tom conciliador. 
 
 
Irritado
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi ao portão do Palácio do Planalto cumprimentar apoiadores na manhã desse sábado. Até aí, tudo normal, em um clima amistoso. Só que não continuou assim. Bolsonaro rebateu com irritação a pergunta de um homem que estava no local sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro: “Tá com sua mãe”, disse o presidente. Amigo da família, Queiroz foi assessor de Flávio por anos. Os dois são investigados por suspeita de “rachadinha”, após um relatório do extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas.
*Publicado neste domingo (6) na Folha da Manhã

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    Arnaldo Neto

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