Preso por propina por dinheiro de fundos de pensão para hotel do "Rei Arthur, o dos 40 milhões do PreviCampos
05/08/2019 17:38 - Atualizado em 05/08/2019 17:47
Paulo Figueiredo preso em Miami por propina para obter recursos de fundos de pensão para hotel de luxo do “Rei Arthur” na Barra, o mesmo onde gestão Rosinha investiu 40 milhões do PreviCampos
 
 
Na sexta-feira (2/08), o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo, último ditador brasileiro, foi preso pela polícia americana em Miami, alvo de um mandado de prisão preventiva expedido na Operação Circus Maximus, da Polícia Federal, como suspeito de participar de um esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal, para obter recursos para a construção do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro - agora LSH Lifestyle.
Interpol
Após a operação “Circus Maximus” ter sido iniciada, em janeiro, o empresário foi considerado foragido e seu nome incluído na lista de procurados da Interpol.
16,5 milhões de propinas para liberação de recursos de fundos de pensão
Em 2013, Paulo Renato se associou ao presidente americano Donald Trump para explorar o hotel de luxo, na Barra da Tijuca, sob a bandeira Trump cedida pela Trump Organization em 2016, mas se retirada do empreendimento após o início das investigações.
Segundo relatórios da “Circus Maximus”, cerca de R$ 16,5 milhões em propinas foram pagos a dirigentes do BRB para liberação de recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para projetos que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada, entre eles o do hotel.
Propinas em dinheiro vivo
Os relatórios da operação sustentam que as propinas eram pagas por meio de entregas em dinheiro vivo.
De acordo com os relatóiros, uma fornecedora da obra do hotel simulava a prestação de serviços e emitia notas fiscais frias com o objetivo de acobertar a saída de recursos para os pagamentos ilícitos.
A PF afirma que os sócios do empreendimento, entre eles Paulo Renato, sabiam do esquema e enriqueceram indevidamente com ele.
"Os aportes dos investidores se converteram em benefício indevido aos agentes Ricardo Rodrigues, Arthur Soares Filho [conhecido como Rei Arthur] e Paulo Figueiredo Filho", diz um dos relatórios.
Segundo a investigação, os sócios tinham conhecimento geral sobre o esquema ilícito. "Paulo Renato Figueiredo Filho exerceu a administração do hotel LSH Barra por boa parte do período em que foram pagas notas fiscais falsas necessárias para a geração de dinheiro vivo que seria empregado no pagamento de propinas."

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