Mamão em alta no Mercado Municipal
Paulo Renato do Porto 02/08/2019 19:59 - Atualizado em 13/08/2019 14:30
As baixas temperaturas em algumas regiões produtoras têm influenciado no preço de algumas frutas e hortaliças: de forma negativa no caso das frutas, com alta nos preços teve alta; mas a grande oferta de hortaliças fez os preços despencarem em algumas bancas.
— Temos falta, por exemplo, do mamão que teve um aumento significativo, dobrou o preço. A gente vendia a R$ 1,50, R$ 2 e, hoje, temos de cobrar de R$ 3 a R$ 4. E a gente sofre o prejuízo, porque, se não vender logo, acaba perdendo o produto, que comprou mais caro — contou Marcos Coutinho, da Banca do Marquinhos, que adquire a maioria dos produtos em Campos, com algumas exceções como o mamão, produzido no Espírito Santo e Bahia.
Na banca de frutas do Roni e da Lúcia, os produtos vêm direto do Ceasa, no Rio, e o problema também é o mamão.
— O mamão está chegando ainda verde e a gente ainda paga mais caro. A caixa que a gente compra a um preço médio de R$ 25, agora custa em torno de R$ 70. E não temos para onde correr, a não ser repassar o aumento no preço de venda — explicou Cristian Carvalho da Silva, filho do proprietário da antiga banca do Mercado Municipal.
Já na área das hortaliças, a escassez não foi verificada, conforme informou Edmilson Soares dos Santos, da Banca 316. Outros feirantes contam que estão até torcendo para “o tempo esquentar”.
— O frio fez a produção aumentar e o preço despencar. O valor das hortaliças nunca esteve tão bom. Aqui, está praticamente tudo a R$ 1. O brócolis americano, que está sendo vendido nos supermercados a mais de R$ 6, em alguns até a R$ 9, nós estamos vendendo a R$ 3, assim como a couve-flor. Estamos com vários produtos a R$ 1. Nessa banca, os preços estão baixos e a mercadoria, como sempre, fresquinha — destacou Rodrigo Pinheiro, dono, junto com o irmão Alex, da Banca do Rogério e que, assim como Edmilson, compra hortaliças direto de Teresópolis.
Segundo outros feirantes, o preço do tomate também tem sofrido alta nas últimas semanas. Para o produtor José Augusto Viana, o que está impactando no aumento dos preços é o clima frio e o desestímulo do cultivo de alguns alimentos por parte dos produtores.

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