Cai repasse de royalties em meio à greve da saúde e baixas no HFM
22/08/2019 09:10 - Atualizado em 22/08/2019 09:11
Cobertor curto
Com previsão para esta quinta-feira (22), o novo repasse de royalties (aqui) acende mais uma alerta para a Prefeitura de Campos. É mais uma parcela com queda, deixando a situação ainda mais delicada. O município enfrenta uma greve dos médicos (aqui) e, com menos recursos da, ainda, principal fonte de receitas, pode não ter muitas armas para negociar. Além do mais, as notícias dessa quarta-feira (21) mostram baixas no Hospital Ferreira Machado. A primeira do coordenador do setor de traumatologia e ortopedia, Rodrigo Venâncio. A outra seria do diretor da unidade, Pedro Ernesto Simão, que está à frente como nome de confiança do prefeito Rafael Diniz (Cidadania).
Baixas no HFM?
As duas possíveis exonerações foram publicadas por Edmundo Siqueira, no blog Coxinha de mortadela (aqui), hospedado no Folha 1. No caso de Venâncio, Siqueira teve acesso ao memorando encaminhado, pedindo para deixar o cargo. Já com relação a Pedro, a informação começou a circular em um grupo de médicos no WhatsApp. O blogueiro e a equipe de reportagem da Folha não consegui contato com o médico. Em nota, a Prefeitura não confirmou, mas também não negou as possíveis baixas. Só garantiu que não haverá prejuízo no atendimento à população. Em um momento de greve, a saída de Pedro, se confirmada, não repercute bem.
Cobranças do sindicato
Nesta quinta, às 19h, o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) faz nova assembleia para avaliar o movimento. O novo pacto pela saúde proposto por Rafael nesta semana, com 14 pontos (aqui), não deve ser avaliado. Considerado importante pelo Simec, mas complexo, ficaria para ser avaliado após a greve. A categoria vai exigir uma resposta à contraproposta que enviou ao município, com quatro pontos principais: melhores condições de trabalho, com reposição de insumos e medicamentos; previsão de pagamento dos outros 50% de gratificações e substituições; direito a férias; e mudanças no atendimento ambulatorial, com foco na produtividade.
Parente na Prumo
O ex-presidente da Petrobras Pedro Parente passa a integrar um novo conselho de administração, o da Prumo Logística, dona do Porto do Açu, em São João da Barra. O anúncio foi feito nessa quarta, dentro de uma série de notícias positivas para o terminal portuário. Além de Parente, presidente da BRF, entraram para o conselho Ieda Gomes, ex-presidente da Comgás e BP Brasil, e Franklin Feder, chairman da InterCement Participações e ex-presidente da Alcoa América Latina.
Realizações
A EIG Global Energy Partners, acionista controlador da Prumo Logística, anunciou grandes realizações. Entre elas, que a Gás Natural Açu (GNA) — joint venture entre a Prumo, a BP e a Siemens para o desenvolvimento e operação de projetos sustentáveis de energia e gás — cumpriu com as condições precedentes para o crédito do financiamento de US$ 750 milhões anunciado anteriormente, liderado pela IFC, KfW e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A GNA utilizará os recursos para a finalização da 1ª fase do complexo termelétrico, com 1,3 GW de capacidade e do terminal de GNL.
Novas fases
O desenvolvimento da 2ª fase do complexo, que contempla uma nova planta termelétrica de 1,7 GW, conhecida como GNA II, está em andamento e os contratos de energia foram garantidos. Após a conclusão, a GNA I e a GNA II terão capacidade instalada de 3GW — suficiente para fornecer energia para até 14 milhões de residências. Será o maior polo termelétrico para geração de energia da América Latina. A GNA tem uma capacidade total licenciada de 6,4 GW e registrou novos projetos no próximo leilão de energia A-6.
Em breve
A GNA I e o terminal de importação de GNL deverão iniciar o seu comissionamento até março de 2020. Além disso, a GNA está desenvolvendo gasodutos offshore, unidade de processamento de gás e terminal de exportação de líquidos para o gás do pré-sal, além de gasodutos onshore para conexão do Açu à malha existente. O investimento total da GNA para o desenvolvimento das duas primeiras fases do complexo está previsto em mais de US$ 2 bilhões.
*Publicado na Folha da Manhã desta quinta-feira (22) 

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    Arnaldo Neto

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