Morte de jovem em Atafona: revolta com a imprensa e versão da PM contestada
Capa da edição desta quarta-feira (29)
Capa da edição desta quarta-feira (29) / Reprodução
O assassinato em Atafona do jovem Layron da Silva Costa, de 24 anos, durante ação policial (aqui) na noite domingo (26), gera revolta e protestos. No sepultamento, nessa terça-feira (28), amigos da vítima cobravam por Justiça. Layron pilotava uma moto quando foi baleado na cabeça. O caso foi registrado por policiais como auto de resistência. Grande parte da imprensa de Campos e SJB — a Folha é uma das poucas exceções — chegou a chamar a vítima de bandido, apostando em informações desencontradas e sem a checagem dos fatos, ato primordial no exercício do jornalismo. A família comprovou que o jovem não tinha antecedentes criminais.
Amigos e familiares do Layron demonstraram revolta com a imprensa, o que se justifica devido à forma como o caso foi abordado. Na primeira versão, que está na narrativa policial, a vítima estava dando carona a um suposto chefe do tráfico e houve troca de tiros. Mas existe outra versão, ainda não oficializada, de que sequer o carona teria envolvimento com o tráfico. Seriam dois jovens que saíam de um churrasco no Balneário de Atafona e teriam sido perseguidos e abordados a tiros. A Corregedoria da Polícia Militar já atua no caso (aqui). A sociedade precisa de uma resposta imediata sobre as circunstâncias e a motivação dessa morte.
*Publicado no Ponto Final (aqui) da edição desta quarta-feira (28) da Folha da Manhã

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    Arnaldo Neto

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