Podemos fecha com Rede, mas Marina diz não a Romário
25/07/2018 23:05 - Atualizado em 26/07/2018 13:47
Pré-candidato ao Governo do Estado, o senador Romário (Podemos) fechou aliança com a Rede de Marina Silva. No acordo selado nesta terça-feira, o ex-jogador receberá o apoio da Rede e abrirá uma das vagas ao Senado em sua chapa para o deputado federal Miro Teixeira (Rede). Com isso, Romário espera subir nos palanques de dois presidenciáveis: no de seu correligionário Álvaro Dias e no de Marina. Vice-presidente nacional do Podemos, Romário afirma que a aliança regional com a Rede foi autorizada pela direção nacional do partido. Apesar do acordo, Marina Silva não irá apoiar a candidatura de Romário ao governo fluminense. A ex-senadora afirmou que a aliança foi uma posição independente do diretório do Rio de Janeiro, da qual ela discorda. Já Miro Teixeira disse que o Podemos tem “uma aproximação programática” com a Rede no Rio.
Para tentar rebater as críticas de que não tem experiência administrativa, Romário anunciará, antes da eleição, os seus escolhidos para os cargos de secretário de Segurança e de Fazenda. Para a primeira função, convidou o general Augusto Heleno; para a segunda, sonda um economista da Firjan ligado à Fundação Getúlio Vargas.
Marina tem uma aproximação maior com o pré-candidato Rubem César (PPS), fundador da ONG Viva Rio, mas a candidatura do antropólogo perdeu força com as movimentações nacionais. César ainda tinha a esperança de conseguir o apoio do PSDB, mas com a adesão do centrão ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), a tendência é que os tucanos apoiem o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) como contrapartida.
O principal entusiasta da aliança com Romário é o deputado Miro Teixeira, para quem Marina ganha ao se associar a um candidato forte. O ex-jogador aparece na liderança nas poucas pesquisas já realizadas no estado.
O Rio de Janeiro é considerado um estado central na campanha da candidata da Rede. Terceiro colégio eleitoral do país, ela obteve 31% dos votos válidos no estado em 2014. Sem um palanque forte em São Paulo e em Minas Gerais, uma aliança robusta em território fluminense é vista como importante.
— Eu manifestei minha divergência em relação a essa aliança, mas a decisão foi do diretório do Rio — disse a senadora. (S.M.) (A.N.)

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