Academia e rua na visão política
Suzy Monteiro 03/01/2018 10:11 - Atualizado em 04/01/2018 19:07
Na edição do último domingo (31), a Folha da Manhã trouxe matéria especial, com análise de acadêmicos de diversas áreas e população de modo geral a respeito do primeiro ano do governo Rafael Diniz (PPS). Além dos mesmos professores das ciências humanas que atuam do meio universitário de Campos e que falaram no balanço dos seis meses, foram acrescidos especialistas em economia. E, ao final do primeiro ano do novo governo municipal, as críticas populares e acadêmicas parecem ter subido o tom. Políticos de vários partidos comentaram o resultado.
Abu
Abu / Folha da Manhã
Da bancada governista e do mesmo partido do prefeito, o vereador Abu admite que o desgaste político é grande, mas acredita em recuperação.
- Entrei em 2018 com esperança de dias melhores. O prefeito quando assumiu pediu um ano à população. E teve que tomar atitudes firmes e corajosas. É preciso admitir, por exemplo, que a Saúde não está boa. Mas as dívidas do governo eram altas. Com certeza, começarão a aparecer sinais de recuperação e o prefeito voltará a ter credibilidade - disse.
Membro do G6, grupo da base governista, o vereador Jorginho Virgílio (PRP) é categórico:
Jorginho Virgílio
Jorginho Virgílio / Folha da Manhã
- Como já falei há alguns meses, é preciso reforma administrativa urgente. Ter só diploma não é o suficiente, é necessário ter “poeira na mochila” no que diz respeito a experiência na administração pública. Serviços básicos como saúde, educação e limpeza pública não podem haver erros, a não ser que sejam erros pontuais como existem em qualquer governo. Estamos há aproximadamente seis meses para fazer licitação para contratar empresa que irá fazer a troca de lâmpadas na cidade. Segundo informações é que houve algumas “ponderações” do TCE... E, enquanto isso, as ruas ficam às escuras - disse o vereador.
Membro da oposição, o vereador Thiago Ferrugem (PR) também não poupou críticas:
Thiago Ferrugem
Thiago Ferrugem / Folha da Manhã
- Inegavelmente o prefeito enquanto candidato usou e abusou de retórica, se valendo de uma onda de mudança que dominou o país e que estava em busca do ‘novo’. Ocorre que, de forma irresponsável, prometeu um oásis que ele é incapaz de entregar, primeiro porque ignorou a situação econômica do país e do estado, segundo porque lhe falta experiência e humildade para formar uma equipe que ultrapasse o ‘clube dos amigos’. Agora, vejo muita gente falando do empréstimo como se isso fosse decisivo na conjuntura do orçamento, mas que representou apenas 2,5% do orçamento e que o próprio prefeito quando foi candidato sabia de sua existência. As desculpas do passado já cansaram e começam irritar até aqueles que levantaram a bandeira verde em 2016 - declarou Ferrugem.
Rafael Crespo
Rafael Crespo / Folha da Manhã
Já o presidente do PT em Campos, Rafael Crespo, disse que “As análises na matéria exemplificam o sentimento das ruas. Andando pelo terminal rodoviário, centro da cidade, baixada ou Guarus, por exemplo, a percepção é de que a nova gestão municipal não consegue fazer um governo para todos. Onde em um momento em que escolhas deveriam ser feitas, o prefeito optou pelo caminho mais fácil, o de cortes drásticos em programas sociais para as camadas mais pobres sem pensar nas graves consequências... A atual gestão não tem e não consegue executar um programa de governo minimamente condizente com as necessidades da cidade, trazendo perigoso sentimento entre diversas camadas de volta do garotismo, que tanto mal fez ao nosso município”, afirmou.

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