Moradores do Nova Canaã voltam a protestar na BR 101
Julia Beraldi 15/03/2017 18:20 - Atualizado em 16/03/2017 15:58
  • BR 101 ficou iterditada

    BR 101 ficou iterditada

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    BR 101 ficou iterditada

  • Moradores voltaram a protestar em Nova Canaã

    Moradores voltaram a protestar em Nova Canaã

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    Moradores voltaram a protestar em Nova Canaã

A BR 101 voltou a ser interditada por moradores do Parque Nova Canaã, no início da tarde desta quarta-feira (15). Desta vez, além de melhorias na Creche Escola Nova Canaã e na Escola Municipal Ary Batista Rangel - motivos de outra manifestação, realizada nessa segunda-feira - os manifestantes também reivindicaram melhor iluminação no bairro e a construção de um posto de saúde.
Na última segunda-feira, os moradores protestaram contra o não fornecimento de materiais escolares e uniformes para as crianças, além da falta de segurança e problemas estruturais nas unidades escolares. Na escola Ari Batista, outro agravante foi denunciado por eles: a falta de alimentos. De acordo com Tatiana de Souza, mãe de duas crianças que estudam na creche e na escola Ary Batista, a primeira unidade escolar não funcionou nesta quarta e não tem nem previsão para retornar as aulas, o que voltou a impedir que as mães fossem trabalhar.
Na segunda-feira, em resposta aos questionamentos, a secretaria Municipal de Educação informou que encaminhou uma equipe para analisar a estrutura da cisterna da Escola Municipal Ary Batista Rangel, que, até a chegada do novo sistema, permanece com abastecimento de água sendo realizado por meio de um caminhão-pipa. Sobre a merenda escolar, uma equipe da Prefeitura foi enviada ao local para o abastecimento dos itens necessários e alimentação dos alunos.
Nesta quarta-feira, os moradores também chamaram a atenção para a má iluminação do bairro, que estaria tornando o lugar propício a assaltos. “Pagamos uma taxa por uma luz que não tem. Na pista, quando falta luz, fica três dias sem iluminação nenhuma”, disse a moradora Vera Lúcia.
A ausência de um posto de saúde também foi alvo de denúncia dos manifestantes. Segundo eles, o bairro estaria há cinco anos sem a unidade hospitalar e o posto mais próximo seria o de Travessão. “Quando precisamos ir ao médico com emergência, temos que pagar alguém para levar porque nem ambulância tem. A impressão que temos é que nosso bairro está esquecido”, acrescentou Vera Lúcia.
— Aqui não tem posto, tenho que ir para Travessão e Guandú fazer tratamento porque tenho problemas de saúde e mesmo assim, tem dia que chego lá e não tem médico — relatou Rogéria dos Passos.
De acordo com os manifestantes, um grupo de moradores chegou a encaminhar um ofício com as reivindicações à Câmara de Vereadores, mas nada foi resolvido.
Em nota, a prefeitura informou que "a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Smece) criou a Diretoria de Infraestrutura, que está percorrendo todas as unidades de ensino da rede municipal e fazendo o levantamento das necessidades e providências já estão sendo tomadas. O trabalho vem sendo realizado seguindo um cronograma da Diretoria de Infraestrutura. Reuniões vêm sendo realizadas com professores da creche para resolver todas as demandas da unidade.
Segundo o secretário de Educação, Cultura e Esportes, Brand Arenari, a creche não funcionou nesta quarta-feira (15) porque servidores aderiram à paralisação nacional, amplamente divulgada pela imprensa. Nesta quinta-feira (16), uma nova reunião será realizada com as professoras da creche para definir, de forma democrática e participativa, a escolha de uma nova diretora da unidade, até seja realizada a eleição para diretor. A diretora anterior pediu exoneração.
Sobre a iluminação, a Superintendência de Iluminação Pública informa que o órgão está trabalhando nessa área de Travessão, Santana, Balança Rangel e Nova Canaã. Uma equipe irá ao local fazer a vistoria e, na sexta-feira (16), serão feitas as intervenções necessárias", concluiu. 
Fotos: Michelle Richa e Divulgação

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