Eike, por enquanto, não cogita delação
31/01/2017 15:38 - Atualizado em 02/02/2017 14:24
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Eike Batista encaminhado para depor / Reprodução
O empresário Eike Batista deixou a prisão na tarde desta terça-feira para ser ouvido pela Polícia Federal (PF). O depoimento na Superintendência da PF na Zona Portuária do Rio durou 2h15. Ele foi ouvido por dois policiais e dois procuradores, embora tenha ficado por cerca de 4hs no local. Às 18h47, ele foi transferido de volta para a prisão. O empresário deixou a PF num carro policial sem escolta. Segundo seus advogados, “a princípio não há possibilidade” de delação. Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, Eike confessou em depoimento repasse de US$ 16,5 milhões para o ex-governador Sérgio Cabral. 
O empresário deixou no início da tarde a Penitenciária Bandeira Stampa, no complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, em direção à Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, onde falou sobre as acusações de pagamento de propina a políticos, reveladas pela Operação Eficiência.
Ele chegou à PF às 14h45, aos gritos de ladrão de pessoas que estavam na porta da superintendência da corporação.
Pouco antes, o advogado de Eike, Fernando Martins, chegou à Superintendência da PF e disse a jornalistas que “a princípio não há possibilidade” do empresário fazer uma delação. Ao sair da superintendência, ele não falou com a imprensa.
Enquanto Eike não chegava a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio, curiosos aguardavam a chegada do empresário. Três deles, que se identificaram como artistas de rua, estavam fantasiados dos personagens Thor, Flash e Naruto.
Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), o empresário passou a noite tranquilo e se alimentou normalmente na manhã desta terça.
Eike Batista foi preso na manhã de segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional, assim que desembarcou de um voo vindo de Nova York. Ele foi levado para o presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte da cidade, e, em seguida, encaminhado para o Bandeira Stampa.
O empresário teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, depois que dois doleiros disseram que ele pagou propina de US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso desde novembro.
Dois dias antes de a Operação Eficiência ser deflagrada, Eike viajou para os Estados Unidos, mas afirmou que nunca pretendeu fugir da Justiça brasileira e que está disposto a colaborar.

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