Ciclofaixas evidenciam necessidade de atenção no trânsito em Campos
A Auto Viação São João, responsável pelo ônibus envolvido no acidente, informou que "o motorista do ônibus relatou que seguia pela avenida XV de Novembro e, com o sinal aberto para o coletivo, entrou na Beira-Valão. Quando estava terminando de fazer a curva, o ciclista colidiu na lateral traseira do ônibus, caindo no chão". Outro ponto importante de ser pensado nessas situações é sobre os diversos pontos cegos que existem em veículos de grande porte, impedindo, em algumas situações, de ver outros de menor porte.
O ciclista Caio Vieira, que trabalha em uma loja de peças de carro, chegou a fazer algumas aulas na autoescola, mas teve que parar. Hoje em dia, ele vai até o trabalho de bicicleta, andando pelas ruas de Campos e, também observando quando está na loja, os desrespeitos à sinalização. “Hoje mesmo, passando por aqui, a gente consegue ver muita gente não respeitando a sinalização, tanto nas ruas quanto no calçamento. Então, assim, o pessoal aqui realmente não respeita as leis de trânsito, mesmo que tenha uma parte da Constituição voltada apenas para nós”, lembra.
Caio falou também sobre o respeito às sinalizações na rotina corrida do dia a dia, assim como o resultado das ciclofaixas e se ela tem sido o suficiente para eles. “Conseguir respeitar a sinalização a gente até consegue, mas agora, na correria, se a gente respeita, realmente é outra história (...) Não adianta melhorar e não ser seguido. Mesma coisa, fizeram uma ciclofaixa. Quantos ciclistas passam do outro lado da rua onde não tem ciclofaixa por querer economizar tempo ou sabe-se lá o motivo. Mas pode ter ciclofaixa de um lado, o pessoal anda do outro lado. Então, não tá tendo o resultado que deveria ter”, disse.
O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) de Campos, falou sobre a importância da conscientização e de campanhas contínuas para quem trafega nas vias do município.
“A conscientização nunca é demais: é necessário que existam campanhas contínuas para reeducação dos motoristas no trânsito, mas não só deles como de todos os integrantes, reforçando aos pedestres e ciclistas também a sua responsabilidade para a segurança. As ciclofaixas devem ser vistas como uma medida que visa evitar acidentes e não aumenta-los”, disse o instrutor de trânsito Wellington Paes Mata.
Para Lucas Sardinha, que trabalha como mototáxi, a bicicleta é uma boa forma de locomoção urbana, mas que segue sendo necessário seguir as regras também, algo que ele não vê acontecer normalmente no trânsito de Campos. Ele explicou, ainda, que falta uma conscientização maior, assim como um programa focado para isso.
“É uma boa forma de locomoção urbana, para desafogar um pouquinho o trânsito. Você ter as ciclofaixas ajuda muito o ciclista. Só que, além de ser um benefício em aumentar o número de ciclistas, eu acho que falta um pouquinho de explicação para esses ciclistas de como é que funciona a questão do trânsito em si. Porque tem as ciclofaixas, tem o sinal vermelho, o ciclista tem que parar. Ele tem que seguir também as regras (...) Acho que falta um pouquinho de conscientização das pessoas. Tipo, ensinar mesmo as pessoas a entender as sinalizações da faixa, um programa que pra ensinar mesmo, uma campanha”, explica. Lucas lembrou também sobre a situação dos ciclistas andarem do outro lado da rua, onde não existe ciclofaixa.
A Prefeitura informou sobre a série de alertas para promover conscientização em relação à importância do cumprimento da legislação e do respeito às sinalizações. “A Prefeitura, por meio de suas pastas, como o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), a Guarda Civil Municipal e a Subsecretaria de Mobilidade Urbana, entre outras, ainda divulga uma série de alertas para promover mais conscientização quanto à importância do cumprimento da legislação e do respeito às sinalizações para a promoção, por parte de toda a sociedade, de um trânsito mais pacífico e seguro”, diz a nota.
Porém, para Carlos Pessanha, motorista e também ciclista, essa conscientização não é realizada de maneira clara para quem trafega nas vias. Ele ainda divide a mesma opinião de Lucas sobre a importância tanto das ciclovias quanto das ciclofaixas no município. “Eu acho que as ciclovias são um desenvolvimento importante, só que precisa ter uma conscientização que o povo ainda não conhece (...) Pra você cobrar você precisa de que aquela pessoa que vai ser cobrada, seja orientada, tenha um conhecimento (...) Campos não tem essa cultura, está começando isso agora”, reflete.
Apostando em um meio de locomoção sustentável, a Prefeitura de Campos adotou 55 km de ciclovias e ciclofaixas ao redor do município, com sinalizações. Contudo, mesmo com a grande extensão de malha cicloviária, a falta de uma campanha maior para a conscientização de quem trafega na região em relação às leis de trânsito segue trazendo acidentes na região, como foi o caso de um ciclista de 58 anos morto em acidente envolvendo ônibus, no centro de Campos. A imprudência dos ciclistas acontece diariamente, como por exemplo quando não andam nas ciclofaixas e ciclovias ou não obedecem às sinalizações, o que gerou na fatalidade da colisão próximo à avenida XV de Novembro, no início de fevereiro.
A Auto Viação São João, responsável pelo ônibus envolvido no acidente, informou que "o motorista do ônibus relatou que seguia pela avenida XV de Novembro e, com o sinal aberto para o coletivo, entrou na Beira-Valão. Quando estava terminando de fazer a curva, o ciclista colidiu na lateral traseira do ônibus, caindo no chão". Outro ponto importante de ser pensado nessas situações é sobre os diversos pontos cegos que existem em veículos de grande porte, impedindo, em algumas situações, de ver outros de menor porte.
O ciclista Caio Vieira, que trabalha em uma loja de peças de carro, chegou a fazer algumas aulas na autoescola, mas teve que parar. Hoje em dia, ele vai até o trabalho de bicicleta, andando pelas ruas de Campos e, também observando quando está na loja, os desrespeitos à sinalização. “Hoje mesmo, passando por aqui, a gente consegue ver muita gente não respeitando a sinalização, tanto nas ruas quanto no calçamento. Então, assim, o pessoal aqui realmente não respeita as leis de trânsito, mesmo que tenha uma parte da Constituição voltada apenas para nós”, lembra.
Caio falou também sobre o respeito às sinalizações na rotina corrida do dia a dia, assim como o resultado das ciclofaixas e se ela tem sido o suficiente para eles. “Conseguir respeitar a sinalização a gente até consegue, mas agora, na correria, se a gente respeita, realmente é outra história (...) Não adianta melhorar e não ser seguido. Mesma coisa, fizeram uma ciclofaixa. Quantos ciclistas passam do outro lado da rua onde não tem ciclofaixa por querer economizar tempo ou sabe-se lá o motivo. Mas pode ter ciclofaixa de um lado, o pessoal anda do outro lado. Então, não tá tendo o resultado que deveria ter”, disse.
O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) de Campos, falou sobre a importância da conscientização e de campanhas contínuas para quem trafega nas vias do município.
“A conscientização nunca é demais: é necessário que existam campanhas contínuas para reeducação dos motoristas no trânsito, mas não só deles como de todos os integrantes, reforçando aos pedestres e ciclistas também a sua responsabilidade para a segurança. As ciclofaixas devem ser vistas como uma medida que visa evitar acidentes e não aumenta-los”, disse o instrutor de trânsito Wellington Paes Mata.
Para Lucas Sardinha, que trabalha como mototáxi, a bicicleta é uma boa forma de locomoção urbana, mas que segue sendo necessário seguir as regras também, algo que ele não vê acontecer normalmente no trânsito de Campos. Ele explicou, ainda, que falta uma conscientização maior, assim como um programa focado para isso.
“É uma boa forma de locomoção urbana, para desafogar um pouquinho o trânsito. Você ter as ciclofaixas ajuda muito o ciclista. Só que, além de ser um benefício em aumentar o número de ciclistas, eu acho que falta um pouquinho de explicação para esses ciclistas de como é que funciona a questão do trânsito em si. Porque tem as ciclofaixas, tem o sinal vermelho, o ciclista tem que parar. Ele tem que seguir também as regras (...) Acho que falta um pouquinho de conscientização das pessoas. Tipo, ensinar mesmo as pessoas a entender as sinalizações da faixa, um programa que pra ensinar mesmo, uma campanha”, explica. Lucas lembrou também sobre a situação dos ciclistas andarem do outro lado da rua, onde não existe ciclofaixa.
A Prefeitura informou sobre a série de alertas para promover conscientização em relação à importância do cumprimento da legislação e do respeito às sinalizações. “A Prefeitura, por meio de suas pastas, como o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), a Guarda Civil Municipal e a Subsecretaria de Mobilidade Urbana, entre outras, ainda divulga uma série de alertas para promover mais conscientização quanto à importância do cumprimento da legislação e do respeito às sinalizações para a promoção, por parte de toda a sociedade, de um trânsito mais pacífico e seguro”, diz a nota.
Porém, para Carlos Pessanha, motorista e também ciclista, essa conscientização não é realizada de maneira clara para quem trafega nas vias. Ele ainda divide a mesma opinião de Lucas sobre a importância tanto das ciclovias quanto das ciclofaixas no município. “Eu acho que as ciclovias são um desenvolvimento importante, só que precisa ter uma conscientização que o povo ainda não conhece (...) Pra você cobrar você precisa de que aquela pessoa que vai ser cobrada, seja orientada, tenha um conhecimento (...) Campos não tem essa cultura, está começando isso agora”, reflete.
Algo também importante a ser lembrado é sobre a responsabilidade que o veículo de maior porte possui sobre o menor, como prevê o artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Dessa maneira, todos devem proteger os pedestres, como cita o código. “A lei de trânsito direciona: sempre o veículo maior tem responsabilidade sobre o menor. Então nós, motoristas, temos que ter essa orientação, essa sabedoria, conhecimento”, disse Carlos.
O instrutor Wellington Paes falou, ainda, sobre a situação dos pontos cegos dos transportes de maiores portes. “O pedestre e o ciclista muitas vezes não conseguem entender que um veículo de maior porte principalmente, possuem pontos cegos, onde o motorista não consegue perceber a presença deles e que precisam ver e se fazer ser visto em seus deslocamentos. É muito importante entender que não podem achar que estão sendo vistos, pois podem não estar”, disse.
O instrutor Wellington Paes falou, ainda, sobre a situação dos pontos cegos dos transportes de maiores portes. “O pedestre e o ciclista muitas vezes não conseguem entender que um veículo de maior porte principalmente, possuem pontos cegos, onde o motorista não consegue perceber a presença deles e que precisam ver e se fazer ser visto em seus deslocamentos. É muito importante entender que não podem achar que estão sendo vistos, pois podem não estar”, disse.
O Sest Senat realiza, durante todo o ano, mobilizações nacionais que tratam esses assuntos, assim como diversos outros pertinentes em relação ao trânsito, assim como no Maio Amarelo (voltado para a conscientização para redução de acidentes de trânsito) e na Semana Nacional do Trânsito em setembro. Para além disso, a instituição tem também um curso chamado “Motorista amigo do ciclista”, que reforça essa conscientização sobre a segurança para esses integrantes. (I.S.)