Campos receberá exposição do Museu de Arte do Rio a partir da próxima quinta
Campos foi uma das cidades escolhidas para receber a exposição itinerante “Meu lugar”, do Museu de Arte do Rio (MAR). Trata-se de uma releitura da mostra “Casa Carioca”, realizada pelo MAR em 2020. Contendo mais de 90 obras de 40 artistas, a iniciativa promove uma reflexão sobre a residência enquanto reflexo das pessoas que a habitam e a moldam como um espaço para chamar de seu. A abertura na planície goitacá está marcada para a próxima quinta-feira (22), a partir das 11h, na praça do Santíssimo Salvador. O evento contará com apresentações de Mana-Chica, às 11h, e jongo, às 12h.
Com curadoria de Thiago Fernandes, “Meu lugar” aborda a realidade de diversas casas brasileiras, muitas delas planejadas e erguidas pelos próprios moradores. Assim como surgem os problemas, também podem ser notadas as criativas soluções adotadas no dia a dia dessas moradias. Segundo o MAR, apenas 15% das residências no Brasil são construídas por arquitetos e/ou engenheiros.
— A cultura e a educação transformam vidas e potencializam o sentimento de pertencimento das pessoas na cidade — disse a diretora-executiva do MAR, Sandra Sérgio, por ocasião da passagem da exposição em São Gonçalo, ocorrida de 2 de setembro a 1º de outubro.
Além de São Gonçalo, “Meu lugar” também já esteve em Duque de Caxias, de 21 de outubro a 19 de novembro; e Guapimirim, de 10 de dezembro a 14 de janeiro. Atualmente, 27 obras que compõem a mostra, majoritariamente imagens, estão expostas no aeroporto de Lisboa, em Portugal, onde permanecerão até 4 de março. Em Campos, a visitação acontecerá até o dia 10 de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 11h às 19h. Também estão confirmadas as seguintes atrações paralelas: show de Leny Moraes, na próxima sexta (23), às 19h; apresentação do espetáculo teatral “Saltimbamcos”, domingo (25), às 17h; show de Sandro Bali, dia 2 de março, às 19h; brincadeiras musicais, dia 3, às 17h; show de Renato Cantor, dia 9, às 19h; e apresentação da peça “A viagem de um barquinho”, dia 10, às 17h. Assim como a exposição, todas as atrações terão entrada gratuita.
Uma das obras que integram a mostra “Meu lugar” é uma fotografia feita pelo carioca Bruno Veiga, mostrando um azulejo com a imagem de Nossa Senhora das Graças. Muito presentes nos subúrbios, os azulejos geralmente apresentam detalhes da cultura de um povo, como a fé. Outro item é uma faixa com a frase “você deve estar onde merece estar”, que integra a obra do artista Alan Oju. Pertencente à série “Trapos” e produzida em tinta sobre tecido, a faixa tem como tema transversal as fricções que o “corpo” de uma cidade exerce sobre os corpos dos seus habitantes. A ideia de Alan, natural de Santo André/SP, foi se apropriar de frases de empreendimentos imobiliários cariocas que atuam capturando os desejos das pessoas, mas que levam a um estilo de vida artificial.
O MAR — Situado na praça Mauá, na capital fluminense, o MAR foi inaugurado em 2013, em parceria da Prefeitura do Rio de Janeiro com a Fundação Roberto Marinho, sendo operacionalizado pelo Instituto Odeon. Desde 2021, o espaço é gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e mantido pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio e/ou apoio de várias empresas. A Prefeitura do Rio e o Governo do Estado também estão entre os apoiadores, bem como o Governo Federal, realizador de iniciativas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocinada pela Enel Brasil, a exposição “Meu lugar” tem apoio das prefeituras das cidades onde passa, sendo apoiada em Campos pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.