O traficante campista Luiz André Ribeiro Fiuza, conhecido como Fiuza, que foi preso em 2005, foi transferido nesta quarta-feira (28) do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Além de Fiuza, outros seis presos foram transferidos nesta quarta. Segundo o Governo do Rio de Janeiro, somadas, as penas deles ultrapassam 362 anos de condenação.
Assim como no primeiro dia de transferência, que aconteceu nesta terça-feira (27), a ação contou com a participação das forças estaduais de segurança, forte aparato militar e três helicópteros da Polícia Militar. Os deslocamentos acontecem após a Justiça autorizar a transferência de 31 lideranças criminosas que cumpriam pena no Rio de Janeiro para unidades prisionais federais, atendendo solicitação do Governo do Estado à Vara de Execução Penais (VEP). Desde então, 12 lideranças de facções criminosas já deixaram o sistema prisional fluminense em direção a outros estados. Os presos que preencherão as demais vagas disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública seguirão aguardando transferência isolados em Bangu I.
O governo do RJ publicou um histórico de Fiuza: Considerado uma liderança de facção, teria como redutos criminosos comunidades localizadas na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, em especial a favela Tira Gosto. Tem 20 anotações criminais provenientes pelos crimes de tráfico de drogas; associação para tráfico de drogas; associação criminosa e homicídio.
Nolita- Já Francio da Conceição Batista, o Nolita, ainda não foi transferido. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não informou quando a transferência dele deve acontecer, mas conforme citado acima, ele, assim como os outros presos, seguem aguardando em Bangu. Ele foi preso em 2018 por chefiar o tráfico da Comunidade Santa Rosa, em Guarus.
Foram transferidos nesta quarta-feira:
Aleksandro Rocha da Silva, o Sam da Caicó (ex-chefe da Covanca - acusado de mais de uma dezena de homicídios).
Alex Marques de Melo, o Léo Serrote (chefe da invasão ao Morro do São Carlos em 2020. Foi preso numa casa fazendo reféns).
Anderson Rocha da Silva, o Russão (irmão de Sam da Caicó).
Avelino Gonçalves Lima, o Alvinho (é chefe do Povo de Israel, quadrilha que pratica extorsões de dentro das cadeias).
Emerson Brasil da Silva, o Raro (é chefe do tráfico do Complexo da Pedreira).
Luiz André Ribeiro Fiuza (traficante de Campos preso em 2005).
Robson Aguiar de Oliveira, Binho (é chefe do tráfico do Morro do Engenho).
Gabinete de crise
Há cerca de duas semanas, o governo montou um gabinete de crise para acompanhar as transferências. Durante 24 horas por dia, agentes ficaram no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar, na Cidade Nova, monitorando possíveis retaliações. Participam da operação agentes das polícias Federal e Militar.
Com informações do G1 e da Ascom do Governo do RJ