Porto do Açu: Descarbonização passa por aqui
03/06/2023 08:56 - Atualizado em 03/06/2023 12:38
Divulgação assessoria
Na próxima década, o Norte Fluminense será a porta de entrada para projetos de descarbonização. Único porto totalmente privado do país e com a oportunidade única de promover a industrialização com emissão reduzida de carbono, o Porto do Açu é o expoente do país na revolução energética.
“Chegamos a 21 clientes instalados e seguimos com estudos com empresas de porte global para plantas solar, de hidrogênio verde e parques eólicos em alto-mar. Toda a cadeia de indústria com foco em descarbonização pode ser atraída a partir desses projetos. Hoje, temos 7 mil pessoas trabalhando no Açu e há potencial para criar ainda mais vagas tanto na fase de construção como na operação destes projetos”, projeta Vinícius Patel, diretor de Operações Portuárias do Porto do Açu.
Com R$ 20 milhões aportados na infraestrutura, o Porto do Açu já é conhecido como uma das melhores plataformas no país para investimentos que auxiliarão às empresas nas metas de carbono zero e que preveem alcançar neutralidade em emissões industriais até 2050, em linha com a ambição do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC até o fim do século. A transição energética é uma aposta mundial para que os insumos fósseis, como petróleo, sejam substituídos por fontes renováveis. O hidrogênio de baixo carbono, obtido principalmente por eletrólise (descarga elétrica na água) é uma
tecnologia alemã que promete ser a solução para geração de energia para as próximas gerações. O Porto do Açu já possui acordos assinados com grandes empresas, como Shell e White Martins para a produção desse hidrogênio.
Outros portos do país também atuam para atrair empresas, mas apostam no mercado externo, exportando o hidrogênio como amônia. No Açu, a perspectiva é que o hidrogênio sustentável produzido seja consumido dentro do porto, pelas outras empresas de renováveis e que o usarão como matéria-prima. “O hidrogênio sustentável pode ser usado em eletrocombustíveis, como e-gasolina e e-etanol, além de ser importante para indústria química, refino de petróleo e na metalurgia e produção de vidro”, explica Patel.
Além dos avanços no mercado de hidrogênio, o Porto do Açu também deve ser a principal base de apoio para parques eólicos marinhos na Região Sudeste. As características que fazem do Açu a principal base de apoio logístico para as atividades de petróleo e gás natural no Brasil serão determinantes para que o
empreendimento portuário seja também um hub de apoio ao desenvolvimento de parques eólicos marinhos.
“A combinação de eólica e solar no Brasil é única e a costa do Porto do Açu é um dos melhores pontos de vento do país. Por isso, já conta com 33GW de projetos de empresas globais interessadas em instalação de parques eólicos offshore em licenciamento no Ibama. O primeiro elétron deve ser produzido em
2030”, estima Patel.
O caminho para fornecer soluções de baixa emissão de carbono também passa pela indústria siderúrgica global, setor crítico para reduzir a emissão de gás carbônico no mundo. O primeiro passo já foi dado pelo Porto do Açu, em um primeiro teste internacional em alto-forno de briquete de minério de ferro, produto inovador que pode reduzir em até 10% as emissões de CO2 da siderurgia. O teste industrial embarcou 8 mil toneladas do produto a partir do Terminal Multicargas em direção ao Porto de Roterdã, na Holanda. Para o Porto do Açu, a movimentação inédita já posiciona o empreendimento portuário como player importante no processo de descarbonização do setor de aço. Com todos esses projetos já em fase avançada de estudos e testes, o futuro energético e os esforços para a transição da economia fóssil serão em breve uma realidade no Porto do Açu, que expande sua vocação de movimentação de minério e petróleo para apoiar os novos desafios globais e projetar o Brasil neste protagonismo.

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