Nos anos 50 veio a Campos uma companhia lírica e o empresário, um italiano, pediu ao jornalista Jacy Maciel para arranjar alguém bem relacionado e desinibido para chefiar a claque.
Jacy procurou José França, funcionário dos escritórios da Usina São João, tido como um dos sujeitos mais alegres e engraçados de Campos.
França aceitou a tarefa e convocou a sua turma, da qual fazia parte Rafael Barros, Filhote Boeschestein e Ivan Torres.
E foi para as galerias do Trianon cumprir a missão: dar o sinal ao fim de determinadas árias cantadas pelo tenor ou pela soprano para a turma se esbaldar nas palmas.
Passado um mês, Jacy foi ao Rio e topou, ao acaso, com o italiano, que, efusivo, fez uma festa enorme:
— Ó, signore! Como vá lá bella terra, la signora, il bambini! O Paraíba, las regazzas, las regatas, questa tutti maraviglia di terra!
Depois do italiano ter demonstrado tanto entusiasmo por Campos, Jacy se animou a lhe perguntar quando voltaria à cidade.
A resposta:
— Ah, signore! Lo no volto mas... Lo nunca vi chefe de claque dar hip...hip...hurra ao grande finale di soprano!