José Eduardo - Seria uma nova hecatombe da ultradireta?
Não sei não! Pode parecer visionário ou “filme repetido”, mas algo está em curso (e não é bom!). A vitória de Donald Trump trouxe uma guinada política no tabuleiro global. Não se trata da assunção do poder nos EUA, mas da inserção de um indivíduo extremista em um sistema que permeia por todo planeta Terra; os EUA têm influência, positiva ou negativa, por todos os recônditos do planeta, atuando de forma, direta ou indireta, nos mais diversos sistemas: armamentistas, comerciais, políticos e sociais. A primeira facete da vendetta do novo líder (??) americano foi a vingança contra os que lhe ameaçaram outrora ou contra os que apoiaram programas sociais ou relacionados ao Partido Democrata. Políticas que são caras aos seus adversários, como sistema social, inclusão, assistência médica solidária, meio ambiente, estão sendo defenestrados por ataques cirúrgicos, planejados ao longo dos últimos 04 anos que o atual ocupante da Casa Branca ficou exilado do poder. Abrimos aspas para declarar que não vai aqui qualquer ufanismo ao Partido Democrata ou a forma de política americana de esquerda; trata-se, apenas, de constatação!

O que emerge, neste cenário, é um governante ultradireitista, com contornos ditatoriais, voltado para segregação, racismo e busca pela depuração de um elitismo meticuloso. No século passado tivemos também um indivíduo que atacou países, raças, buscou uma pureza étnica (ariana) e quase destruiu o mundo: não, não é um pesadelo... grandes vilões da história começaram pela mesma trilha. Note que Trump deseja criar um cinturão de proteção aos EUA. Veja que a oeste do Canadá, os EUA já possuem o Alaska, fronteiriço da Rússia, separado apenas pelo Estreito de Bering; no norte, a leste, desejam os EUA, fervorosamente, a Groelândia, que os protegeria de toda Europa; por fim, ao sul, almeja, além da falácia de alterar o nome do Golfo do México, espera retomar o controle sobre o canal do Panamá, despeito de qualquer contrato, o que fecharia o cerco de proteção. Ora, o que a Rússia deseja com a Ucrânia não seria a mesma coisa? Ter um ponto de defesa a leste da Europa, onde poderia alocar suas armas e criar uma “distância” dos adversários da OTAM? No caso da Rússia, a anexação, ainda que com veredicto popular, é considerado um absurdo crime de guerra! E com os devaneios de Trump? Como será? Até transformar o Canadá em seu 51ª estado foi cogitado; e não façam pouco caso das bazófias de Trump, pois a grande parte delas tem alta capacidade de se tornar realidade.
Trata-se de um indivíduo sem o menor escrúpulo, narcisista, com superego e que acredita, piamente, que o mundo precisa e depende dos EUA. Tais contornos psicopatas causam apreensão global! Há quem diga que mesmo a participação dos EUA na O.T.A.M (Organização do Tratado do Atlântico Norte), fundada em 04/04/1949 poderia estar, de alguma forma, ameaçada ou minorada, caso os desejos megalômanos de Trump não sejam atendidos pelos demais 31 países membros. Ao que parece, não há limites para seu desejo de ascender ao posto de maior líder mundial, ainda que sob o manto fétido da degradação de seus semelhantes. A máxima da “prevalência do direito de um (EUA) sobre o todo (mundo)” é um mantra para Donald Trump. Sob o discurso de que os “EUA serão grandes novamente” (como se não o fossem!), pretende macular premissas básicas, romper contratos e discriminar todos que não são, essencialmente, americanos natos, com uma conduta apenas condescendente com naturalizados latinos e de outras partes do mundo, eis que deles precisou para as eleições, mas que, de agora em diante, mostrará sua verdadeira face.
Este fascismo de ultradireita sobreviveu nos porões da Ku Klux Klan, nas propriedades supraconstitucionais do interior americano, nos nichos de puristas e hipócritas racistas e nas grandes corporações capitalistas (TESLA, META e outras) que visam, somente, o lucro a qualquer preço. Este é um desenho claro de uma República “Democrata” que navega para o precipício da deslealdade global, visando apenas as nuanças separatistas de um chefe obcecado. Por conta destas faraônicas intenções, o México é aviltado, como celeiro de criminosos; a Europa deve ceder aos seus anseios, ainda que sejam de anexação de uma região autônoma da Dinamarca (país parceiro na O.T.A.M); o Canada é inferiorizado como postulante a ser anexado como estado federativo, e o restante do mundo...bem...esses se dividem em “quintal dos EUA”, inimigos do EUA e parasitas dos EUA. Talvez, em breve, o maníaco deseje alterar o nome do Planeta Terra para quem sabe, “Planeta EUA”.
Líderes reacionários, lunáticos, preconceituosos, xiitas, psicopatas surgiram na história do mundo inúmeras vezes, mas sempre que estiveram com amplo poder nas mãos (como agora) foi necessária uma ampla coalização para derrotar tais déspotas e trazer a luz ao globo terrestre. Ainda que se travistam na desculpa que estão cuidando de seus próprios interesses; ainda que aleguem “casos de segurança nacional”; ainda que devaneiem que estão em busca de “liberdade de expressão” e Democracia, em verdade, todos são desatinados, presunçosos, intolerantes e aspergem seu veneno pelas paragens planetárias, trazendo o ódio, a discórdia e o pavor. O mundo precisa se posicionar... e que Deus nos ajude!

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