Sindicalista é eleito presidente do Psol Campos
Rodrigo Gonçalves 25/09/2023 17:26 - Atualizado em 25/09/2023 22:34
Reprodução redes sociais
O Psol tem um novo presidente no diretório municipal de Campos. O sindicalista Vanderson Gama foi eleito com cerca de 65% dos votos durante congresso realizado no último sábado (23), na sede do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos de Campos (Siprosep). Encabeçando a Chapa 2, ele recebeu 36 votos contra 19 da Chapa 1, que teve a assistente social Danielle Pádua como candidata à presidência. A chapa derrotada tinha na composição a professora Natália Soares, destaque no último pleito municipal ao receber 11,6 mil votos como candidata a prefeita de Campos.
A escolha da nova presidência do Psol aconteceu após uma tarde de debates, com a presença também do atual presidente, Germano Godoy. Em seu primeiro discurso como eleito, Vanderson falou da importância de ser independente para dialogar com todos os setores, em busca da unidade do partido.
— Nosso desafio está apenas começando. Trabalhar para um Psol que Campos merece e precisa. Temos uma responsabilidade muito grande pela frente e precisamos honrar essa expressiva votação. Precisamos nos voltar para as bases e evitar a todo custo o silenciamento e o isolamento das minorias — afirmou.
Antes de passar o cargo para Vanderson, o atual presidente, Germano Godoy, falou sobre a importância do congresso para reafirmar a democracia dentro do partido e, através do diálogo, estabelecer diretrizes para o futuro. "A gente tem como desafio a expansão do partido, criação de novas figuras públicas para a próxima eleição municipal”, afirmou Godoy, que também faz parte do Núcleo José do Patrocínio.
Vanderson Gama é geógrafo, servidor da Prefeitura de Campos há 21 anos, na área de Saúde, e atua como diretor do Siprosep. O novo presidente iniciou sua carreira política no movimento estudantil, como presidente do DCE do antigo Cefet (hoje IFF) e é militante do Psol há 15 anos, tendo fundado o partido em Campos em 2004, participando da coleta de assinatura para regularização na Justiça Eleitoral.
Como fica o futuro de Natália?
Ao participar do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, no fim de março deste ano (aqui), a professora Natália disse não ter interesse em se candidatar à Prefeitura, porém, se colocou, na época, à disposição do partido, que, inclusive, segundo ela, assim como os demais de esquerda, carece de mais organização em Campos. O nome dela vem sendo cogitado à disputa para a Câmara de Campos, desejo que ela também não esconde.
Na noite desta segunda-feira (25), Natália disse que independentemente das posições e diferenças internas, caminhará junto com o partido nas eleições de 2024.

— Componho o Subverta, a corrente do recém eleito presidente estadual do partido, o Flávio Serafini. O Psol é um partido de muitas correntes e faz parte do jogo democrático os debates intensos e as divergências de projetos para o partido. Somos uma grande força orgânica no partido, tenho muito orgulho da luta que tocamos no interior — afirmou a professora, que voltou a garantir que seu nome está confirmado como possível pré-candidata à Câmara no ano que vem pelo Psol. Sobre ser indicada pelo partido a disputar mais uma vez à Prefeitura, ela afirmou que esse é "outro enfoque das discussões intensas e que tudo segue muito indefinido ainda".

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