Amor Sem Respostas
Nino Bellieny - Atualizado em 26/04/2024 18:30
"Amar sem respostas".

Por Gabriela Quintanilha
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Amar é algo tão natural em nosso cotidiano, mas às vezes não paramos para refletir . Quanto amor colocamos em nossas ações e nem percebemos.

Há amor no cuidado, em um telefonema de saudade ou preocupação e até numa mensagem.

O diálogo se faz presente de forma espontânea . Somos acolhidos e também acolhemos.

Quando lidamos com um contexto que foge à rotina, onde precisamos aprender a nos comunicar de forma não verbal às vezes, precisamos usar a nossa sensibilidade no olhar, sem esperar frases prontas e muitas vezes parece que apenas um lado ama.

É difícil enfrentar situações que fogem ao nosso controle. E a vida nos impõe que é necessário aprender e respeitar o outro em suas limitações, seja pela idade, pelo processo de aprendizagem, alguma doença que impede a comunicação e nos deixa sem chão.
sso nos tira da nossa zona de conforto. Temos que reaprender a amar em silêncio e aceitar o que o outro, em sua limitação, consegue nos dar amor. É um desafio diário conviver com a diferença. Que nada nos impeça de conseguir enxergar nos detalhes esse amor.

A sensação de vazio, de frustração, decepção é comum, porque não fomos culturalmente ensinados a agir e a esperar reações inesperadas.

Seria tão mais fácil ouvir "Eu te amo", como numa música. Entendemos então que o amor às vezes está em um sorriso, em um abraço espontâneo, no olhar...

Dessa forma, conseguimos enfrentar os desafios da vida e não exigir respostas. Fazemos por amor, por afeto e porque é o caminho.

Como dizia Cazuza: "O nosso amor a gente inventa"...

Este texto é uma homenagem a todas as mães atípicas e às famílias que enfrentam alguma doença que impeça a comunicação.

Com carinho,

Gabriela Quintanilha
Psicóloga

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