Wladimir Garotinho analisa pré-candidatos e não descarta concorrer à Prefeitura em 2020
Ícaro Barbosa 22/07/2019 07:44 - Atualizado em 05/08/2019 14:50
Wladimir Garotinho no Folha no Ar
Wladimir Garotinho no Folha no Ar / Isaías Fernandes
O convidado da primeira edição desta segunda-feira (22) do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, foi o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), que analisou a política nacional e local. Entre outros temas, ele abordou a importância de fazer uma reforma tributária no país, com discussões sobre o pacto federativo e a possível partilha dos royalties, que será votada no dia 20 de novembro. Wladimir também comentou sobre os pré-candidatos na disputa municipal e não negou que vai fazer parte do pleito. “Eu não falei que não sou candidato, mas a prioridade do grupo é Rosinha. Contudo, se o meu grupo me pedir, eu vou. Também nunca falei que não tenho sonho de ser prefeito”, afirmou o deputado.
Questionado sobre previsões para o próximo ano, Wladimir analisou os três principais nomes da corrida eleitoral:
— 2020 está longe, mas Rafael Diniz (PPS) foi um jovem que deu errado. Isso gerou uma desconfiança da população sobre os jovens e afeta a mim, ao Caio Vianna (PDT), que não tem nenhuma experiência administrativa, e ao Rafael. Fora que hoje é tudo mais rápido. Uma eleição pode mudar em dois, três dias, como o caso de Witzel (PSC).
O deputado ainda afirmou, sobre Rafael, que, apesar de ele estar “muito mal” e “ter que trabalhar muito para conseguir ir para o segundo turno”, qualquer candidato que esteja à frente da máquina é “muito competitivo”. Sobre Caio, Wladimir declarou:
— Caio é uma pessoa muito ausente. Participa do processo eleitoral e vai para o Rio. É um cara isolado e não tem muita raiz por aqui e, durante a eleição isso, vai ficar evidente — destacou, ressaltando: “o deputado estadual Rodrigo Bacelar (SD) vai apoiar o Caio. Disse que ele estaria tentando ‘limpar’ o pai (Marcos Bacelar), que teve as contas reprovadas pelo TSE, para que seja vice de Caio Vianna.
Atuação como deputado federal — Com a votação sobre a reforma da Previdência, muitos comentários negativos, sobretudo em grupos de WhatsApp, recaíram sobre os deputados federais Wladimir e Clarissa Garotinho (Pros). Wladimir assumiu que é “a favor de uma reforma da Previdência”, ressaltou que “é uma coisa desequilibrada” e que “o sistema precisa de um reequilíbrio”.
— Em um intervalo de uma semana, eu mudei de posição. Eu consultei minha base, as pessoas que me elegeram. Não posso trair as pessoas que me colocaram lá. A própria reforma, há críticas à maneira como foi implantada. Eu não concordo com o modelo de capitalização do Paulo Guedes — disse Wladimir, justificando seu voto. Ele usou como exemplo o caso da deputada Tabata Amaral (PDT), afirmando que achou injusta a atitude do PDT, mas que não acha que ela votou de acordo com a opinião dos que a elegeram.
Para Wladimir, a reforma mais importante é a tributária. Segundo ele, ainda demorará algum tempo para fazê-la, mas há perspectiva de que seja votada este ano.
— Tentaremos fazer uma mescla entre a reforma tributária que já corre na Câmara e a do Paulo Guedes, mas a casa está bem favorável a ela. Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre estão bem alinhados e têm boa interação com os deputados, senadores e com o Paulo Guedes, apesar dos ocasionais atritos — pontuou.
Sobre a verba de R$ 2 milhões destinadas aos quatro hospitais conveniados ao município — Santa Casa, Álvaro Alvim, Beneficência Portuguesa e Plantadores de Cana —, o deputado comentou que os valores, de R$ 500 mil para cada unidade, já estão depositados e devem ser repassados nos próximos dias.
— O setor de oncologia do Álvaro Alvim, além do aporte inicial, vai receber R$ 500 mil por mês. Isso é um ganho significativo para a cidade e para uma causa justa. Segundo o diretor do hospital, com esse dinheiro do aporte inicial, vai ser feita uma reforma para aumentar o número de leitos. Fico feliz de ter a oportunidade de ajudar — afirmou.
Mudança de classificação climática — Wladimir também comentou sobre a comissão que tratará do PL1440/2019, que visa classificar o clima da região Norte e Noroeste Fluminense como semiárido. Este projeto de lei permitirá que benefícios sejam destinados para assentados e produtores rurais.
— Eu estou muito empolgado com o parecer favorável. Estou só precisando da assinatura do Rodrigo Maia para que seja lida, em plenário, a instalação. Os partidos indicam os membros: 34 titulares e mais 34 suplentes. Aí, começa-se a discussão na comissão especial. Já conversei com a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, por duas vezes, e ela me falou para procurar o deputado Alceu Moreira, presidente da bancada ruralista. Esse projeto vai beneficiar todas as cidades do Norte e Noroeste, pois vai facilitar as linhas de crédito — explicou.
Segundo Wladimir, o pleito não é aderir à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Suedene), mas, sim, o reconhecimento da região como semiárida:
— Campos tem 80% dos assentados de todo o Estado. Existe, para os assentados, uma linha de crédito de R$ 6 mil em climas semiáridos. Para os produtores rurais, os empréstimos são feitos de 6% até 8% ao ano. Pelo que estamos estudando, se aprovado, vai baixar as taxas para 1% ou 2% ao ano. O dinheiro voltará a circular, e nós poderemos investir pesado em agricultura. Com a condição de linha de crédito mais barata, ficará mais fácil para montar um excelente projeto de irrigação para a região.
Confira:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS