Trote sobre invasão a escola de Campos mobiliza equipes da Polícia Militar
Verônica Nascimento 27/03/2019 13:32 - Atualizado em 28/03/2019 13:57
Folha da Manhã
Um trote passado ao 190, na manhã desta quarta-feira (27), mobilizou equipes do 8º Batalhão de Polícia Militar e assustou profissionais e alunos da Escola Municipal Frederico Paes Barbosa e moradores do Parque Presidente Vargas. A informação foi de que a escola, localizada em um bairro de Guarus onde se verifica a situação de risco em função do conflito entre traficantes de drogas, seria invadida por criminosos.
A Polícia Militar confirmou o envio de guarnições para a unidade escolar. No local, profissionais contaram que se assustaram com a chegada dos militares. Não havia nenhum problema. Pais de alunos e responsáveis também correram até a unidade, informados de que lá estavam viaturas da PM.
— Minha sobrinha chegou nervosa em casa, dizendo que a Frederico Paes estava cheia de policiais. Vim saber o que ocorreu, porque tenho um sobrinho estudando aqui. Fiquei aliviada ao ver que foi informação inventada, mas fico preocupada, porque pode ser mesmo uma ameaça essa coisa de invadir a escola — contou a senhora.
Segundo o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Campos, tenente-coronel Rodrigo Ibiapina Chiaradia, a corporação recebe cerca de 500 ligações/dia, durante a semana e cerca de 400 ligações/dia, aos finais de semana. Destas ligações que chegam ao 190, 40% são trotes. “Infelizmente, a população não tem consciência do grande prejuízo que pode causar a todo o sistema. Enquanto atendemos a um trote, nesse exato momento, alguém pode estar precisando do serviço militar e ficar atendimento. Se mobiliza o efetivo de policiais, que poderia estar em patrulhamento ou em uma ocorrência real. Aproveitamos esse caso para fazermos um apelo aos pais, pois grande parte desses trotes parte de adolescentes”, disse.
A Prefeitura de Campos, por meio de nota, lamentou que “pessoas usem de artifícios para atrapalhar a rotina de ensino de centenas de alunos e professores e, sobretudo, de órgãos de segurança, direcionando policiais para uma falsa ocorrência”.
 
 
 
 

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