"Slender-Man" entra em cartaz no Kinoplex
22/08/2018 18:49 - Atualizado em 28/08/2018 13:03
Uma das estreias desta quinta-feira (22) nos cinemas de Campos é o filme “Slender Man — Pesadelo Sem Rosto” (do título original “Slender Man”), do diretor Sylvain White. O longa-metragem, do gênero terror, tem classificação indicativa é de 12 anos. A crítica aponta que o filme contém clichês, não apresenta muitas inovações em questões de roteiro, mas que pode agradar.
Na trama, as amigas Wren, Hallie, Chloe e Katie levam uma vida entediante no colégio. Quando ouvem falar num monstro chamado Slender Man, decidem invocá-lo através de um vídeo na internet. A brincadeira se transforma num perigo real quando todas começam a ter pesadelos e visões do homem sem rosto, com vários braços, capaz de fazer as suas vítimas alucinarem. Um dia, Katie desaparece. Como a polícia não dispõe de nenhuma prova para a investigação, cabe às três amigas fazerem a sua própria busca, enfrentando a criatura.
Para a crítica, “Slender Man — Pesadelo Sem Rosto”, assim como outras obras do chamado “novo terror”, pode agradar o público, pois há momentos em que a inquietude psicológica toma conta da trama e o espectador sentirá um incômodo no final do filme com um misto de emoções. Por outro lado, a crítica aponta falta de inovações, sustos baratos e uso de muitos clichês, como quando a entidade aparece atrás de uma porta ou quando ela coloca suas mãos no ombro de alguém.
Antes de qualquer coisa, é preciso saber quem é o personagem magro, alto e que circula de terno e gravata. O “homem sem rosto” ficou famoso na internet após ter sido criado por um americano em um programa de edição de imagens e compartilhado em um fórum. Desde então, jovens de todas as partes do mundo afirmaram ter visto o monstro, se comunicado com ele e, ainda, feito coisas a mando da criatura. Um desses casos bizarros aconteceu nos Estados Unidos, em 2014, quando duas jovens de 12 anos esfaquearam 19 vezes outra adolescente, supostamente induzidas pelo “Slender Man”.
Foi por esse motivo que a produção não foi bem vista pelo público em geral. Os pais da vítima chegaram a pedir o “boicote” do filme, alegando que a história contada na grande tela geraria incômodo em quem sobreviveu a uma tragédia que carrega o nome da lenda. Mas vale lembrar que apesar de tratar da história do personagem, a trama se distancia do crime cometido na vida real, evitando inserir assassinatos e optando por algo mais sobrenatural.
Das jovens o espectador saberá pouco, já que o roteiro, assinado por David Birke e Victor Surge, evita se aprofundar muito nas personagens, o que a crítica apontou como o grande erro do filme. É mostrado apenas que elas se conhecem da escola, andam juntas a maior parte do tempo e que Katie é fanática com a ideia de sair da cidade para começar uma vida nova. Ainda para a crítica, nem mesmo a criatura que dá nome ao filme tem seu aproveitamento merecido, já que nada é citado sobre as origens da entidade. E o ator que dá vida ao monstro, Javier Botet, também não faz lá sua presença brilhante, exceto pela aparição em uma cena de hospital. Na maior parte do tempo o Slender é tomado pelos efeitos visuais.

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