O médico Evaldo Cretton, que teve contra si um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Cardiopata, que investiga supostas fraudes contra o INSS (entenda aqui), obteve hoje no Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio de Janeiro, um habeas corpus e responderá o processo em liberdade.

Evaldo Cretton estava viajando de férias com a família e não se encontrava em Campos no dia em que a operação foi deflagrada, na manhã da sexta-feira passada. Equivocadamente alguns veículos de comunicação, sem o devido cuidado na apuração, chegaram a noticiar a sua prisão.

Pesou no habeas corpus a absoluta falta de provas contra ele nas mais de 8.000 folhas do processo, bem como de sua possível ligação com o grande esquema denunciado, este realmente com farto material probatório contra vários acusados. 

Conheço Evaldo, sua família e sei da sua retidão de caráter e dos hábitos simples de vida, comuns a qualquer família de classe média campista. A acusação e o mandado de prisão contra ele surpreendeu não só a mim, como a praticamente toda a classe médica em Campos. A sensação de injustiça fica agora reparada pelo TRF.

O habeas corpus foi obtido pelos advogados João Paulo Granja e Jefferson Cretton, irmão de Evaldo Cretton. Jefferson declarou que "o Estado de Direito voltou a prevalecer".