Filme de Allen aplaudido no Cineclube
Celso Cordeiro Filho e Jhonattan Reis 31/08/2017 18:18 - Atualizado em 08/09/2017 13:52
Cineclube Goitacá
Cineclube Goitacá / Rodrigo Silveira
— Após rever o filme, chega-se à conclusão que foram merecidos os prêmios recebidos por “Annie Hall” — me recuso a usar o título que teve no Brasil (“Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” — e que consagraria o diretor Woody Allen. Assim o advogado e publicitário Gustavo Oviedo iniciou o bate-papo com a plateia após a exibição da obra de Allen, quarta-feira (30), no Cineclube Goitacá, destacando, ainda, o fato de o cineasta ter rompido com a forma linear da narrativa cinematográfica ao usar várias inovações: falar diretamente à câmera, ir e vir na história, enfim, mudanças radicais que logo seriam absorvidas por outros cineastas. Lançado em 1977, “Annie Hall” recebeu quatro Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor (Woody Allen), Melhor Atriz (Diane Keaton) e Melhor Roteiro Original (Woody Allen e Marshall Crickman).
Durante a conversa, Oviedo destacou que Allen mostra amadurecimento de conceitos, criando um filme de aparência tão pessoal e próxima a ele próprio que muitos — inclusive críticos de renome — deduzem que se trata de uma obra autobiográfica. Mas o diretor sempre afastou essa conclusão, afirmando categoricamente que “Annie Hall” não é uma autobiografia, mas sim uma história de amor nova-iorquina com elementos retirados de sua vida, algo que realmente faz toda a diferença. Há paralelos, claro, e há situações fáticas como, por exemplo, o sobrenome verdadeiro de Diane Keaton ser Hall e seu apelido ser Annie, além de ela e Allen terem tido um caso anos antes.
Antes da exibição de “Annie Hall”, o animador cultural Antonio Luiz Baldan exibiu o curta-metragem “Once Upon a Line”, que concorreu ao Oscar. “Recebi esse material, mas ainda não vi. Vamos ver juntos”, disse. A animação é dirigida, escrita e produzida por Alicja Jasina. Ganhou vários prêmios em festivais nos Estados Unidos.

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