SJB: caso Sunset chega à fase das alegações finais
- Atualizado em 18/07/2017 15:17
Os resquícios das denúncias eleitorais do pleito de 2012 em São João da Barra estão chegando ao fim, ao menos em primeira instância. Depois da sentença da Machadada — que condenou Carla Machado (PP), Alexandre Rosa (PRB), Neco (PMDB) e Alex Firme (PP), que recorrem em segunda instância — o juiz Leonardo Cajueiro abriu prazo para as alegações finais da acusação e defesa no “Caso Sunset”, no qual foi denunciado o grupo político que à época era liderado pelo ex-prefeito e candidato ao mesmo cargo Betinho Dauaire (PR). São dois dias para as alegações da acusação e, em seguida, o prazo é igual para a defesa, sem que uma parte tenha acesso à peça produzida pela outra.
Os denunciantes apresentaram imagens do circuito interno de câmeras do edifício Sunset, em Campos, onde alegam que teria ocorrido a suposta entrega do dinheiro para a compra de votos. Além de Betinho, também foram denunciados seu candidato a vice, Gersinho Crispim (atual SD), hoje vereador e membro da bancada de sustentação ao governo Carla Machado; o presidente do diretório do Partido da República em SJB, Bruno Dauaire, hoje deputado estadual; os ex-vereadores Kaká (Avante) e Zezinho Camarão (DEM); os radialistas Winster Brito (à época candidato a vereador) e Luiz Fernando; Jakson Meireles, então candidato a vereador pelo PTC, e Rodrigo Rocha, à época candidato a vereador pelo PR. Completam a lista de denunciados Lucas Assed, que seria o proprietário do imóvel onde, de acordo com a denúncia, os políticos estiveram um dia antes da eleição; e Ranan Sampaio, então candidato a vereador pelo PC do B.
O blog teve acesso e divulgou os depoimentos das testemunhas do caso e também de Jakson. Ele confessou ter ido ao prédio para receber dinheiro por ter forjado a Machadada. Após a divulgação, Betinho disse que se sentia “de alma lavada” e que as próprias testemunhas admitiram que não havia nenhuma irregularidade no prédio. Já o ex-vereador Kaká afirmou que, após depois da sentença, vai processar a testemunha que disse ter visto ele comprando votos na véspera do pleito.
Com a apresentação das alegações finais, faltará apenas a decisão do juiz Leonardo Cajueiro para encerrar o caso em primeira instância.

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    Arnaldo Neto

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