Moro ouve testemunhas em ação penal que Cabral é réu
19/04/2017 10:04 - Atualizado em 20/04/2017 14:11
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Sérgio Cabral, ex governador / Divulgação
As últimas testemunhas de defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em ação penal na Lava Jato na qual é réu com a mulher dele, Adriana Ancelmo, e outras três pessoas, foram ouvidas nessa terça-feira (18) pelo juiz Sérgio Moro — responsável pela Lava Jato em primeira instância. Cabral foi preso em 17 de novembro do ano passado e, desde então, novos escândalos envolvendo o nome do ex-governador são revelados. Neste caso, os acusados respondem por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também nessa terça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de liberdade do empresário Eike Batista. Eike foi preso em fevereiro, num desdobramento da operação que levou Cabral à prisão.
Na audiência dessa terça, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa de Carlos Miranda, sócio do ex-governador Sérgio Cabral. Eles falaram sobre a fazenda Dois Irmãos, em Paraíba do Sul, que pertence ao acusado. Durante os depoimentos, Moro interrompeu o advogado de Miranda, alertando para que as perguntas tivessem relação com o caso.
Eike tem pedido negado — A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Theresa de Assis Moura negou, nessa terça, pedido de liberdade ao empresário Eike Batista. Ele foi preso na capital fluminense, no final de janeiro, na operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Ao analisar pedido da defesa, a ministra entendeu que há indícios mínimos para garantir a prisão cautelar de Eike.
O empresário foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na operação, Eike foi investigado por repassar US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral. O pagamento foi feito, segundo a PF, por meio de uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, por intermédio de um banco no Panamá. A defesa do empresário alegou no STJ que a prisão foi fundamentada apenas com base em delações premiadas de outros investigados. Para os advogados, a soltura de Eike não colocaria em risco as investigações. (A.N.)

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