A esposa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo, teria recusado a entrada de agentes da Polícia Federal em seu apartamento. Os policiais fariam uma vistoria no local. A informação foi dada pelo juiz Marcelo Bretas, na tarde dessa quarta-feira (5), em audiência. O juiz chegou a dizer que iria apurar o ocorrido, mas depois informou que a recusa se deu porque os agentes não constavam na lista encaminhada à Justiça Federal pela Polícia Federal. Adriana foi presa no início de dezembro e sua prisão transformada em domiciliar com aval do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no final do mês passado.

Após a confusão, os agentes voltaram ao apartamento da ex-primeira-dama do Estado e conseguiram entrar para fazer a vistoria e checar se o imóvel está sem acesso a telefone ou a wi-fi.

A Polícia Federal (PF) informou que não se tratou de resistência da ex-primeira-dama. A confusão aconteceu pois os agentes enviados não estavam com seus nomes numa lista que havia sido elaborada pela PF.

O juiz Marcelo Bretas decidiu não reverter a prisão domiciliar da ex-primeira-dama.

Quando foi enviada à prisão domiciliar, Adriana Ancelmo foi informada de que agentes da PF fariam vistorias em sua casa entre 6h e 18h, com o objetivo de verificar se ela está cumprindo o regime de visitas e a proibição de equipamentos com acesso à internet.

Adriana foi beneficiada por lei que permite que presas com filhos menores de 12 anos possam ir para prisão domiciliar. Ela tem dois filhos - um de 10 e outro de 14 anos. A advogada foi presa por suposto envolvimento com o esquema do marido. (S.M.) (A.N.)