RPA: Polícia Federal apura irregularidades
Arnaldo Neto 10/03/2017 09:15 - Atualizado em 10/03/2017 13:54

Polícia Federal informou apenas que a denúncia da eleição do ano passado em Campos continua sob investigação


Campos acompanha quase que diariamente nos noticiários os desdobramentos da operação Chequinho, que apura a distribuição irregular do programa social Cheque Cidadão em troca de votos para beneficiar candidatos que tinham o apoio da máquina administrativa no pleito passado. No mesmo período da Chequinho, porém, foi iniciada investigação para apurar possível crime eleitoral nas contratações por meio de Recibo de Pagamento a Autônomo, os famosos RPAs. Ofício enviado pelo Ministério Público à Polícia Federal (PF) determinou a investigação do caso. Segundo a PF, o caso é complexo, envolve muitas pessoas e a investigação continua em andamento.

A suspeita, de acordo com o MP, é sobre possível abuso de poder político e econômico nas contratações por RPA. Em setembro do ano passado, fiscais da Justiça Eleitoral, acompanhados por membros do Ministério Público Eleitoral, realizaram operação em órgãos da Prefeitura, como secretaria de Governo e Centros Especializados de Assistência Social (Creas). Além das contratações, também foi alvo de investigação o programa social Cheque Cidadão. Vários documentos foram apreendidos, sendo necessários quatro veículos para transportá-los.

Na última terça-feira (7), na tribuna da Câmara, o vereador Genásio (PSC) afirmou que o número de contratados por RPAs em Campos foi inflado no período eleitoral. Da afirmação do vereador vem a dúvida sobre o andamento das investigações por parte da PF. A Polícia Federal informou que não passa detalhes sobre investigações em curso, reafirmando que o caso está em andamento.

A denúncia que levou à busca e apreensão citava o vereador Jorge Magal (PSD) e o ex-subsecretário de Governo Thiago Godoy (PR). Na decisão que determinou a busca e apreensão, o MPE alegou que houve denúncia de que, candidato ao cargo de vereador, Magal estaria “oferecendo serviços em setores públicos como hospitais, postos de saúde, escolas, CREAS, clubes da terceira idade e na clínica de reabilitação de dependentes químicos do Morro do Coco, em troca de votos dos eleitores”.

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