Ex-diretor da Odebrecht afirma a Moro que Palocci era o 'Italiano'
06/03/2017 17:40 - Atualizado em 06/03/2017 17:51
Uma das testemunhas ouvidas na manhã desta segunda-feira (6), por videoconferência com São Paulo (SP), afirmou ao juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – que o apelido "Italiano" era uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci, preso pela Lava Jato em setembro de 2016.
"A gente sabia que o 'Italiano' era o Palocci", disse o engenheiro civil Fernando Sampaio Barbosa, que trabalhou como diretor na Odebrecht. Ele foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht.
O processo, no qual Palocci é réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, refere-se à 35ª fase da Lava Jato.
"A gente sabia quem?", perguntou Sérgio Moro. "Eu sabia. Eu tinha sido informado pelo Márcio Faria [ex-diretor da Odebrecht, já condenado na Operação Lava Jato]", relatou Fernando Sampaio Barbosa.
A pergunta do juiz federal abordava um e-mail enviado por Marcelo Odebrecht e que tinha Fernando Sampaio Barbosa como um dos destinatários.
Conforme a força-tarefa da Operação Lava Jato, o setor de Operações Estruturadas da Odebrecht pagava propina para agentes públicos. Ainda segundo as investigações, "Italiano" se referia a Antônio Palocci.
Fernando Sampaio Barbosa não soube dizer porque o ex-ministro era chamado de "Italiano" e não pelo nome. Ele ainda contou que não conhece Antônio Palocci pessoalmente e que nunca tratou assuntos com ele.
A defesa do ex-ministro refutou as acusações e afirmou que Antônio Palocci é inocente. A Odebrecht reafirmou o compromisso de colaborar com a Justiça. O Partido dos Trabalhadores (PT) reiterou que todas as doações recebidas ocorreram dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça.
Fonte: G1
Foto: Divulgação

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