Pedro Corrêa vai para prisão domiciliar e passará por cirurgia domiciliar
Suzy Monteiro 01/03/2017 21:21 - Atualizado em 03/03/2017 09:26
Para fazer uma cirurgia nos próximos dias, o ex-deputado do PP Pedro Corrêa colocou tornozeleira eletrônica. Ele passa a cumprir prisão domiciliar até a cirurgia. Ele chegou ao prédio da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, por volta das 14h, para pôr o equipamento.
Em 22 de fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou que o ex- parlamentar fique temporariamente em prisão domiciliar em razão da cirurgia para correção de deformidade na coluna lombar. O ex-parlamentar deve voltar à cadeia 30 dias depois do procedimento.
O pedido foi feito a Barroso porque o ministro é relator das execuções penais do processo do mensalão, no qual Pedro Corrêa foi condenado a sete anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e pelo qual cumpre pena desde 2013.
Pedro Corrêa está de cadeira de rodas e embarcou ontem mesmo no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para Recife, onde fará a cirurgia e também tratará uma infecção urinária.
Lava Jato — O ex-deputado é delator na Operação Lava Jato e está preso desde abril de 2015, no Paraná. Ele foi condenado a 20 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção.
Ao condenar o ex-deputado, o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – afirmou que Pedro Corrêa recebeu pelo menos R$ 11,7 milhões do esquema de corrupção.
Apenas um dos repasses chegou ao valor de R$ 2 milhões, segundo o juiz. Esse valor deve ser devolvido por Pedro Corrêa à Petrobras por meio do confisco de bens dele, após correção monetária.
— O mais perturbador, porém, em relação a Pedro Correa consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (Mensalão), havendo registro de recebimentos até outubro de 2012 — considerou Sérgio Moro, à época.
Delação — Pedro Corrêa afirmou em delação premiada que o ex-presidente Lula articulou esquema de corrupção na Petrobras. Lula teria imposto a nomeação de Paulo Roberto Costa para a Diretoria da estatal.

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