Seminário sobre violência contra mulher
29/03/2017 22:04 - Atualizado em 31/03/2017 13:05
Ana Chaffin
2º Seminário sobre violências, Cidade Universitária. Macaé/RJ. Data 29/03/2017. Foto: Ana Chaffin. / Ana Chaffin
O segundo Seminário sobre Violência aconteceu nesta quarta-feira, em Macaé, e reuniu 160 participantes. O evento colocou em pauta a prevenção de violências contra o sexo feminino, a equidade e a ideologia de gênero machista. O evento, organizado pela Prefeitura, aconteceu na Cidade Universitária.
A importância do seminário foi destacada pela secretária municipal de Desenvolvimento Social, Tatiana Pires. “A violência está em toda parte, em todas as classes sociais, não está restrita à raça, cor de pele ou religião. O município tem equipamento de proteção para acolher a mulher vítima de violência, que vem fragilizada, mas é atendida por um trabalho de rede de modo a garantir a essa mulher a segurança”, disse a secretária.
A coordenadora de políticas para mulheres e do Ceam, Jane Roriz, informou que, em 2016, foram 3.921 atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos pela equipe técnica, formada por assistentes sociais, psicólogos e advogados, referenciados por algum órgão que atende as mulheres ou por demanda espontânea.
De acordo com os dados da violência contra a mulher em Macaé, de 2008 a 2017, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o maior agressor é o parceiro íntimo (cônjuge, namorado ou ex) e a faixa etária com o maior número de vítimas é de 20 a 39 anos.
Na parte da manhã, o seminário contou com palestras, apresentação do Dossiê Mulher pela major da PM Cláudia Moraes, uma das organizadoras do documento e coordenadora estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança.
Sobre o Dossiê Mulher, a major Cláudia pontuou que ele foi criado em 2006, anterior à Lei Maria da Penha, trazendo nesses onze anos todos os dados sobre a violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro. “A prevenção contra a violência avançou bastante. A mulher vem ocupando espaços importantes, em postos de comando público ou privado, com maior presença nas universidades, mas continua sendo vítima”, disse a major.
Monique Rangel do Carmo Gouveia, coordenadora do Centro de Referência do Adolescente, apresentou o Dossiê Criança e Adolescente, com números de atendimentos a crianças e jovens vítimas de violência, com Banco de Dados do município (Diad). O Centro de Referência do Adolescente é ligado à Secretaria de Saúde e funciona na Rua das Laranjeiras, sem número, na Imbetiba, com telefone (22) 2796-1059.

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