Audiência Pública discute situação do Colégio Agrícola
Paula Vigneron 10/03/2017 12:33 - Atualizado em 10/03/2017 20:18
Paulo Pinheiro
Audiência Pública no Colégio Agrícola / Paulo Pinheiro
A situação pela qual passa a Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, pertencente à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), devido à crise da educação, foi debatida, na manhã desta sexta-feira (10), por profissionais da área e políticos. A audiência pública aconteceu no auditório do Agrícola, no Parque Aldeia, em Guarus.
Da mesa, participaram o diretor da ETE Agrícola Antônio Sarlo, André Luiz Teixeira; o vice-presidente educacional da Faetec, Elder Lugon; o coordenador do polo Campos da Faetec, Edmar Teixeira; o reitor da Uenf, Luís Passoni; os deputados estaduais Bruno Dauaire e Gláucio Julianelli; o superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso; a vereadora Joilza Rangel e o superintendente de Planejamento, Marcel Cardoso.
O professor Edmar Teixeira afirmou que a falta de investimento na agricultura é um aspecto negativo para a cidade. Enquanto, em 2015, Campos contabilizou o lucro de R$ 64 milhões na área, o município de São Francisco de Itabapoana somou R$ 164 milhões. “Isso é falta de olhar para o nosso potencial. É lamentável que, nos últimos dez anos, o ETE Antônio Sarlo tenha experimentado uma derrocada”, concluiu.
Audiência Pública no Colégio Agrícola/
Para a retomada da ETE Agrícola Antônio Sarlo e o aumento do investimento na área da agricultura, serão feitas novas parcerias entre a unidade de ensino, a Prefeitura de Campos e a Uenf, que já estão sendo traçadas por meio de reuniões entre os membros das duas instituições de ensino e do poder público.
Entre os projetos, haverá reativação da granja com plantio de soja e da piscicultura e a criação de galinhas. “Não tem como fazer agricultura sem passar pelo Agrícola. Está na hora de sairmos da teoria e partirmos para a prática. Gostaria de ter agenda mensal para discutir com todas as demandas”, afirmou o superintendente Nildo Cardoso.
A audiência pública foi convocada pelos professores da unidade de ensino. Segundo o deputado Julianelli, esta é uma característica que representa o comprometimento do corpo docente com o projeto pedagógico do Agrícola. No entanto, o político afirmou que quem tem a autorização para mudar a realidade é o Poder Executivo. “A nós, da Alerj, cabe fiscalizar, propor soluções e intermediar a conversa das escolas com o Executivo, que é quem realmente pode mudar o destino de todos nós”, pontuou.
Outro ponto abordado pelo político foi o salário dos professores. Segundo ele, o secretário de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, se comprometeu a utilizar os recursos do Fundeb para pagar os docentes da rede Faetec. “Ele publicamente colocou que, se dentro de 30 dias, isso não fosse resolvido, entregaria o cargo de secretário. Então, essa situação do salário dos professores com o recurso do Fundeb terá uma solução, para o bem ou para o mal, dentro de 30 dias”.
A questão da segurança foi destacada pelo deputado Bruno Dauaire. Segundo ele, está em processo de negociação, com o comandante geral da Polícia Militar (PM), Wolney Dias, a implantação de ronda para auxiliar a segurança das escolas, principalmente da Uenf, e a criação de um posto fixo.

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