Bancada, se unida, faz "barulho"
Dora Paula Paes 06/02/2017 09:41 - Atualizado em 07/02/2017 14:43
  • Representantes do Norte-Fluminense

    Representantes do Norte-Fluminense

  • Representantes do Norte-Fluminense

    Representantes do Norte-Fluminense

  • Representantes do Norte-Fluminense

    Representantes do Norte-Fluminense

  • Representantes do Norte-Fluminense

    Representantes do Norte-Fluminense

“Se a bancada do interior trabalhar unida faz um barulho bacana”. A afirmação é do deputado estadual Bruno Dauaire (PR). E, realmente, a bancada de deputados do Norte e Noroeste na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ganhou mais um reforço na última quinta-feira (2), com a posse do mais novo parlamentar da região, o deputado Gil Viana (PSB). Na Casa, também tem Geraldo Pudim (PMDB) na mesa diretora e a experiência de João Peixoto (PSDC). A questão da Uenf, que vive período de calamidade financeira; o aumento da criminalidade no interior e a finalização da ponte da Amizade, que liga São João da Barra a São Francisco de Itabapoana são causas que devem ser abraçadas pelos quatro deputados.
— As questões partidárias não influenciam na hora de unir força, por uma pauta comum. Todos nós, deputados da região Norte e Noroeste, possuímos uma boa relação. Cada um tem seu perfil de atuação, mas quando o assunto precisa da nossa união, nunca falha. Nosso último trabalho em conjunto foi para tratar assuntos relacionados à Uenf — disse Bruno, lembrando que essa união precisa continuar prevalecendo.
Debutando na Alerj — Na última quinta-feira, o deputado Gil Viana assumiu na Alerj a cadeira que pertencia ao atual secretário de estado de Agricultura, Jair Bittencourt (PP) — principal representante do Noroeste Fluminense, com base política em Itaperuna. Segundo Gil, no momento, desde a posse vive um misto de surpresa e alegria. Ele contou que no seu primeiro discurso, quando debutou no Plenário, fez questão de mandar um abraço para Bruno, Pudim e João Peixoto.
— Chego à Casa sabendo da importância de unir força. Tenho consciência do atual momento que é crítico na economia do país e do estado do Rio de Janeiro. Mas, junto com minha equipe vamos ver de perto as demandas, buscar consenso e olhar com atenção o Norte e Noroeste Fluminense — disse Gil.
Pudim e seu papel na primeira secretaria
O 1º secretário da Alerj, o deputado Geraldo Pudim, reeleito para o cargo na semana passada, mantém o foco inicial, o de enxugar a máquina. Na sua gestão, em um dos cargos mais importantes da Mesa Diretora, destaca o trabalho de gestão que gerou uma economia de mais de R$ 210 milhões nos dois anos. Na hora de buscar força partidária, Pudim também deverá poder contar com a colaboração do presidente Jorge Picciani (PMDB), reeleito para o segundo biênio (2017/2018).
A função de 1º secretário é gerir os recursos da Assembleia Legislativa. Com revisão de contratos, implementação de cortes nas despesas e responsabilidade com o dinheiro público, Pudim se qualificou para continuar no cargo, principalmente nesse momento em que o Estado está vivendo com a falta de recursos.
— Quando assumimos a direção da 1ª Secretaria precisávamos dar uma resposta à sociedade no que diz respeito ao uso do dinheiro público, que como já diz, é do povo e somos apenas os gestores dele. Minha responsabilidade era gerir esses recursos. Revimos os contratos, avaliamos as verdadeiras necessidades para que pudéssemos realizar os cortes necessários e com isso, não renovamos a frota de carros oficiais, reduzimos o gasto com combustível pela metade, acabamos com as cotas de selo, entre tantas outras ações e isso fez com que a Alerj pudesse ajudar o Estado nesse momento, com doação de recursos para a educação, saúde, segurança pública, Uenf além de deixar de receber do Estado o repasse constitucional em agosto, setembro e outubro, num valor de quase R$ 50 milhões e sem interferir nos investimentos e despesas da casa, fruto de um trabalho sério e responsável — disse ele.
Para a nova legislatura, Pudim diz que vai continuar com o trabalho de austeridade, sem prejudicar a execução dos trabalhos e serviços prestados pela Alerj. “Nosso objetivo é equilibrar as receitas e despesas e com isso ajudar ainda mais o Estado do Rio de Janeiro no que for possível e dentro da Lei”, ressaltou.
Folha da Manhã
No ano passado, a bancada do interior do estado se uniu para discutir a questão da Uenf e tentar encontrar soluções / Folha da Manhã
João Peixoto é o mais experiente na Casa
Se para o debutante Gil Viana a problemática financeira preocupa, o veterano em legislaturas, na Assembleia desde 1995, deputado João Peixoto lembra das dificuldades em 2016 para concretizar alguns projetos. Peixoto contou que em alguns momentos os deputados devem arregaçar as mangas, sair dos gabinetes e buscar as parcerias com a iniciativa privada.
Segundo João Peixoto, como parlamentar 2016 foi um ano complicado. “Passou o ano de 2016 e o Estado não fez uma obra se quer. E eu que estava acostumado a trabalhar ajudando o povo com obras, fiquei de braços cruzados. Mas, também, não podemos ficar esperando pelo governo do Estado. É nossa missão partir para a iniciativa privada. Através da iniciativa privada trouxemos para a Baixada campista um terminal do gás veicular, que gerou emprego e economia. Esse terminal de gás ainda beneficiou São Francisco do Itabapoana, Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna”, contou.
As obras paradas, como a Ponte da Amizade, também é motivo de tristeza para João Peixoto.
— Em 2016, nossa única tristeza, minha e do governador Pezão, é em relação a ponte que vai unir os municípios de São João da Barra e São Francisco de Itabapoana que está com as obras paradas. Não é promessa, mas esperamos concluir a obra até o final do governo. É o que espera o governador também — disse o deputado.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS