Jorge Picciani e Pudim reeleitos
02/02/2017 10:26 - Atualizado em 02/02/2017 10:26
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A retomada dos trabalhos Legislativos na Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro (Alerj) ficou marcada pela reeleição do deputado Jorge Picciani (PMDB-RJ) para a presidência da Casa até 2018. Dentro e fora do Palácio Tiradentes, o clima era outro. Muita tensão com manifestações de servidores estaduais descontentes com a situação e as medidas econômicas do governo do Estado. Em Brasília, o Senado elegeu seu novo presidente, o senador Eunicio Oliveira (PMDB-CE) e nesta quinta (2) será a vez da Câmara dos Deputados.
Picciani concorrendo em chapa única. Este é o sexto mandato do deputado que recebeu 64 votos a favor e seis contra (cinco do PSOL e um da Rede). Além de Picciani, a chapa é formada pelos deputados Wagner Montes, André Ceciliano, Jânio Mendes e Marcus Vinícius, como vice-presidentes, e os deputados Geraldo Pudim, Samuel Malafaia, Átila Nunes e Pedro Augusto.
A votação, que iniciou o ano legislativo da Casa, ocorreu com protestos dentro e fora do plenário, com confrontos intensos e bombas e tiros de bala de borracha do lado de fora, mas que podiam ser ouvidos de dentro do Palácio Tiradentes.
Tomaz Silva-Agência Brasil
/ Tomaz Silva-Agência Brasil
Picciani informou que colocará em pauta na próxima terça-feira (7) para votação a medida do plano de recuperação, que prevê privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) e o empréstimo de R$3,5 bilhões do governo federal para cobrir os salários atrasados dos servidores. “É um plano de recuperação fiscal muito bem elaborado pelo ministro (da Fazenda) Henrique Meireles, pela Fazenda do Rio de Janeiro, pelas procuradorias e pela AGU (Advocacia-Geral da União), e pretendo conversar com todos”, afirmou Picciani.
O deputado Geraldo Pudim (PMDB), que tem base política no interior do estado, foi reconduzido ao cargo de 1º secretário. A função tem como obrigação gerir os recursos da Assembleia e cumprir desta forma o maior compromisso assumido para o primeiro biênio, que é de enxugar a máquina.
— Quando assumimos a direção da 1ª secretaria precisávamos dar uma resposta à sociedade no que diz respeito ao uso do dinheiro público, que como já diz, é do povo e somos apenas os gestores dele. Minha responsabilidade era gerir esses recursos. Revimos os contratos, avaliamos as verdadeiras necessidades para que pudéssemos realizar os cortes necessários — disse.
Protestos geram tensão na volta do recesso
Os servidores do Estado voltaram a protestar em frente à Assembleia Legislativa (Alerj) contra o atraso de salários e o pacote de corte de gastos do governo estadual. Teve confusão e repressão por parte das autoridades policiais.
Tomaz Silva-Agência Brasil
/ Tomaz Silva-Agência Brasil
Servidores e funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) começaram a se concentrar no fim da manhã em frente ao Palácio Tiradentes, sede do Legislativo estadual, e fecharam as pistas da Avenida Presidente Antônio Carlos, o que complica o trânsito na região. De Campos, professores da Rede Estadual e da Uenf também participaram dos protestos.
Pelo menos um servidor foi ferido durante os confrontos e um policial civil que atirou contra os PMs que faziam o cerco à Alerj foi preso.
Grupos de servidores, que mais cedo entraram em confronto com a PM na frente da assembleia, seguiam no Centro e ainda havia enfrentamentos e cenas de depredação em várias ruas da região. Um ônibus foi queimado e outro ônibus foi depredado. Duas agências bancárias (Santander e Bradesco) também foram quebradas. (A.N.) (D.P.P.)

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