Instituição de ensino superior desenvolve estudo de requalificação urbana das comunidades periféricas
23/02/2017 15:01 - Atualizado em 23/02/2017 16:09
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Estudantes e docentes do curso de Arquitetura e Urbanismo do Isecensa (Institutos Superiores de Ensino do Censa) deram o pontapé inicial a um trabalho que propõe a requalificação urbana de comunidades periféricas da cidade de Campos. Para o desenvolvimento da iniciativa, denominada MapHabis, começou a ser realizado um levantamento técnico dos espaços públicos e de moradias instaladas na comunidade da Baleeira, com objetivo de gerar uma visão macro que possibilite o apontamento de todas as necessidades. A primeira visita à comunidade ocorreu na tarde dessa quarta-feira (22).
De acordo com o professor Mário Márcio Queiroz, que coordena o MapHabis, o projeto tem a Baleeira como piloto e, posteriormente, será expandido para outras comunidades da cidade. “Neste primeiro momento, nossos alunos puderam levantar dados junto aos moradores e mapear espaços públicos, como serviços, comércios e áreas de lazer”, explicou. Ainda segundo o docente, a instituição de ensino está em contato com outras universidades na busca de parcerias para a condução da iniciativa.
Vice-presidente do Isecensa, Elizabeth Landim destaca a importância do MapHabis. “Isso começará a dar um norte para a estruturação de um trabalho de grande valor, que tem como principal finalidade contribuir para melhorar sérios problemas encontrados atualmente em regiões periféricas, como condições precárias de moradias e desequilíbrio de ocupação”.
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Uma ação similar ao MapHabis já é realizada na favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, estruturada em um Programa de Cooperação Internacional (PCI) do qual o Isecensa faz parte. Também participam da iniciativa a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e as internacionais Universidade de Lisboa (Ulisboa), de Portugal, e Penn State College, da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Sobre o PCI – Tendo como objetivo melhorar as condições de vida da população da periferia do Rio de Janeiro, o programa vai abranger ainda as favelas da Providência, Mangueira e Rocinha. Segundo Mário Márcio Queiroz, que também é coordenador técnico da iniciativa no Brasil, a instituição de ensino campista ficou responsável pelo mapeamento do perfil das moradias e histórico de construção dessas habitações.
— A primeira fase foi concluída recentemente, com o levantamento da topografia do local. Agora, estamos aguardando a conclusão dos estudos pilotados pelas demais universidades para dar seguimento à proposta”, disse o professor. O prazo para concluir o estudo de requalificação dos espaços públicos e privados das quatro comunidades cariocas, que servirá de subsídio para a construção de um Plano Diretor, é de quatro anos. No caso da favela Santa Marta, o diagnóstico geral está previsto para ser finalizado no segundo semestre de 2017.
Queiroz ressalta que os moradores serão incluídos em todo o processo. “Ao longo do período de elaboração do estudo, serão realizadas audiências públicas para que eles possam estar cientes de todo o trabalho executado. E o mesmo ocorrerá no MapHabis, em Campos. É importante que a comunidade esteja ciente de toda a intervenção que vamos propor a fazer em prol do benefício coletivo”. (A.N.)

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