Cresce a quantidade de resgates
19/02/2017 00:06 - Atualizado em 21/02/2017 12:15
Rui Porto Filho - Divulgação
Filhotes de gaviões na GAM / Rui Porto Filho - Divulgação
O crescimento da conscientização ambiental da população foi apontado pelo comandante do Grupamento Ambiental (GAM) da Guarda Civil Municipal de Campos, Sávio Tatagiba, como o grande motivo para o aumento das ações de resgate de animais silvestres no município. De acordo com o GAM, 37 animais silvestres foram resgatados de janeiro até o início de fevereiro, o dobro do mesmo período de 2016. Em Macaé, a maioria dos bichos são entregues de forma voluntária na sede da Guarda Ambiental, no Parque Natural Municipal da Restinga do Barreto.
— O crescimento do número de solicitações de resgate de animais silvestres em residências vem demonstrando que a população tem se conscientizado da importância que esses animais representam na natureza e estão evitando matá-los que era uma realidade passada — disse Sávio Tatagiba.
Todos os animais resgatados pelo Grupamento Ambiental são encaminhados ao Núcleo de Estudos e Pesquisa em Animais Selvagens (Nepas), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), onde são avaliados e recebem os cuidados necessários, antes de serem devolvidos ao seu habitat natural.
Ainda segundo o GAM, em 2016 foram resgatados 17 animais silvestres, sendo uma capivara, sete gambás, dois cágados, cinco frangos d'água, uma coruja suindara e uma jiboia; já em 2015 foram 11 animais, sendo três aranhas caranguejeiras, quatro gambás, duas jiboias, um jacaré do papo amarelo e uma capivara.
A orientação quando um animal silvestre aparece em uma residência, é evitar manusear e, logo, entrar em contato com a Guarda Civil Municipal, através do telefone 153.
Bichos são devolvidos no Parque do Barreto
Em Macaé, de acordo com o biólogo e chefe do Parque do Barreto, Henrique Abrahão Charles, a construção de um viveiro está sendo planejada na base da Guarda Ambiental para abrigar os animais resgatados. "Será um lugar que os animais permanecem em quarentena, são vermifugados, reabilitados e, quando asselvajados, soltos em algum local no município", observou.
Henrique ressalta que há animais próximos a córregos e lagos e, caso avistem algumas espécies próximas a esses ambientes, é preciso deixá-los para que retornem aos seus habitats. "Estamos em um período quente, chuvoso, período reprodutivo e eles estão mais afoitos, saindo mais. Por isso, só chame a Guarda Ambiental se o caso trouxer risco à vida das pessoas ou do animal. Fora isso, pode deixá-lo que ele seguirá seu caminho", acrescentou.
A Guarda Ambiental de Macaé conta com a ajuda da população com denúncias, caso observem práticas ilegais com a fauna. É possível fazer de forma anônima, entrando em contato com pelo telefone (22) 99701-9770, ou com a secretaria de Ambiente, no telefone (22) 2762-4802. (A.S.) (A.N.)

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