Funcionários da São Salvador fazem nova paralisação
13/02/2017 12:06 - Atualizado em 14/02/2017 10:28
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Com pagamentos em atraso, funcionários da empresa São Salvador paralisaram as atividades desde a 0h desta segunda-feira (13), em Campos. De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, Roberto Virgílio, o ato é em protesto contra a falta de recebimento de 40% do salário de novembro, além do 13° e de vencimentos de dezembro (apenas 50% dos trabalhadores receberam referente ao mês, segundo o sindicato) e janeiro.
Roberto Virgílio informou, ainda, que 100% da frota da São Salvador estava parada até o fechamento desta matéria e que as únicas empresas que realizam as linhas urbanas que não devem o salário de janeiro são Jacarandá e Cordeiro. “E se o pagamento de janeiro não for efetuado até o dia 15, a categoria fará uma assembleia e poderá optar por uma paralisação”, explicou Virgílio.
No final da manhã, a equipe da Folha constatou que não havia ônibus da São Salvador no terminal rodoviário Luís Carlos Prestes, no Centro. O vendedor Bruno de Azevedo, 33 anos, esperava um ônibus para Bugalho por volta das 11h. Ele comentou: “Não tenho o que falar do transporte coletivo da cidade. A gente que precisa tem só que torcer para melhorar. Pior que não tem ninguém nem para informar se terá ou não o ônibus”.
Também no ponto para Bugalho estava a copeira Lúcia Helena Batista Barreto, 54 anos. “Nem sabia que a empresa estava de greve. Normalmente já costuma demorar para chegar. Se não tiver o ônibus, o jeito é recorrer às vans”, relatou.
No ponto para Farol de São Thomé, na rodoviária Roberto Silveira, apenas ônibus da Turisguá circularam. Segundo funcionários, a Turisguá realiza metade das viagens e a outra metade é feita pela São salvador. Na espera por um ônibus para Farol estava, por volta das 11h30, a dona de casa Joana Gomes, 43 anos. “Está tranquilo. Saiu um agora e já deve estar vindo outro, que vou pegar porque sou uma das próximas da fila”, falou.
A Folha contatou as empresas, sem êxito até o fechamento desta edição. Procurada, a Prefeitura também não se pronunciou.
Fotos: Michelle Richa

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