Parte dos rodoviários ainda sem receber
Jhonattan Reis 31/01/2017 13:13 - Atualizado em 01/02/2017 12:41
Marcos Gonçalves
Rodoviários mantêm serviços / Marcos Gonçalves
Rodoviários de Campos continuam trabalhando e com direitos atrasados. Nesta terça-feira (31), o sindicato da categoria informou que São Salvador, Turisguá, Siqueira e Rogil — sendo as três primeiras do mesmo consórcio, o União — estariam com pagamentos em atraso. Por conta disso, trabalhadores das empresas que fazem parte do União chegaram a paralisar as atividades na terça-feira da semana passada (24). A paralisação transformou a vida dos usuários de transporte público na cidade em um verdadeiro caos. Diante disso, em acordo com os empresários, os funcionários retornaram ao trabalho no dia seguinte.
De acordo com o sindicato da categoria, a São Salvador estaria devendo aos funcionários 40% do salário de novembro e as duas parcelas do 13º. Rodoviários da empresa relataram que “apenas alguns trabalhadores” receberam salários de dezembro. A São Salvador foi procurada para esclarecer a situação, mas nenhum representante foi encontrado.
Ainda segundo o sindicato, a Siqueira precisa pagar aos seus funcionários as duas parcelas do 13º. Já Rogil e Turisguá devem a segunda parcela do 13º. Na sexta-feira da última semana (27), a Cordeiro, também membro do União e que devia só vencimento do mês de dezembro, quitou a dívida com os trabalhadores. O sindicato também apontou que não há nenhuma greve prevista.
Em nota, a Prefeitura de Campos afirmou que “está em diálogo com as empresas de transporte para que os pagamentos sejam executados de maneira a não comprometer o fornecimento do serviço para a população. Mesmo que tenha sido deixada uma dívida por parte da antiga gestão, a Prefeitura busca permanecer com os pagamentos do transporte em dia dentro da arrecadação recebida, cumprindo o que foi acordado na última reunião com as empresas”.
A Folha tentou contato com as empresas, sem êxito.
Transtornos — Em meio às faltas de recebimento de direitos e paralisações, rodoviários relataram dificuldades. “A gente precisa sustentar nossas famílias e as contas estão aí, só vencendo e com juros. Já teve colega pegando dinheiro empresado com amigos e até com agiotas. Está difícil”, falou um motorista que preferiu não se identificar.

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