Passageiros de ônibus intermunicipal são assaltados
Jhonattan Reis e Mariana Manhães 26/01/2017 12:17 - Atualizado em 27/01/2017 13:08
Jhonattan Reis
146ª DP em paralisação / Jhonattan Reis
Devido à paralisação dos policiais civis, apenas estão sendo registrados, nas delegacias, serviços considerados essenciais — como flagrantes e remoção e cadáver — e, por isso, na noite dessa terça-feira (25), um assalto a passageiros de um ônibus que seguia viagem pela BR 356, em Campos, não pôde ser registrado, segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar. O Governo do Estado do Rio de Janeiro ainda está em debito com os policiais em relação aos pagamentos do 13º, do Regime Adicional de Serviço (horas extras) e dos prêmios por cumprimento de metas de segurança. A secretaria de Estado de Fazenda apontou novamente que não há previsão para efetuar os pagamentos.
O assalto aconteceu por volta das 21h30, na localidade de Três Vendas, quando o coletivo seguia viagem pela BR 356, no trecho que liga Campos a Itaperuna. Passageiros contaram à Polícia Militar (PM) que um suspeito embarcou no coletivo no bairro Fundão e outros três na localidade de Sapucaia. Ainda segundo relatos à PM, outra pessoa em um veículo de cor prata estaria dando cobertura aos criminosos que estavam no ônibus.
Foram levados, no total, três aparelhos celulares e R$ 330 em espécie. De acordo com a PM, as vítimas foram encaminhadas à 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), mas a ocorrência não foi registrada “por conta da greve dos policiais”.
Paralisação — Os policiais civis, na terça-feira da semana passada (17), paralisaram por 72 horas, que terminaram na última sexta (20). Na última segunda (23), o sindicato decidiu pela manutenção da interrupção por tempo indeterminado. O presidente do sindicato, Fernando Bandeira, declarou, esta semana, que o movimento é essencial para chamar atenção do Governo do Estado e da população para os problemas que a categoria enfrenta.
Também por conta da paralisação, as investigações que estavam em curso nas delegacias estão paradas. O sindicato ainda informou que os serviços só retornam ao normal com o pagamento de todos os direitos dos agentes.

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