Após dia de caos, transporte público em Campos volta com reclamações
Jhonattan Reis 25/01/2017 10:04 - Atualizado em 26/01/2017 09:05
Marcos Gonçalves
Dia após paralisações/Marcos Gonçalves
Após o dia de caos vivido pelos usuários do transporte coletivo nessa terça-feira (24), o serviço estava normalizado na manhã desta quarta (25). De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, Roberto Virgílio, as quatro empresas de ônibus do consórcio União — São Salvador, Turisguá, Siqueira e Cordeiro — circulam com 100% da frota. No entanto, alguns usuários ainda reclamam do serviço por conta de suposta irregularidade nos horários.
Ainda segundo Virgílio, foi realizada uma reunião, nessa terça, entre representantes da secretaria de Governo e do sindicato, além de rodoviários. Ele apontou que foi definido que a Prefeitura faria o repasse às empresas. “E isso já foi feito. Agora resta os empresários efetuarem os pagamentos dos funcionários, o que seria realizado até o final da tarde de hoje (quarta)”, disse Virgílio. Porém, os trabalhadores não foram informados sobre o que será pago.
Rodoviários disseram estar passando por dificuldades. “Com esses pagamentos atrasados, já não tenho mais como pedir empréstimo a mais ninguém. Estou com contas atrasadas. Ainda estou com dois meses de atraso da pensão do meu filho. Complicado é trabalhar e não receber”, relatou um motorista que preferiu não se identificar.
As empresas Turisguá, São Salvador, Cordeiro e Siqueira foram procuradas pela equipe de reportagem, mas não se manifestaram sobre o assunto.
Dívidas - De acordo com funcionários da São Salvador, eles precisam receber 40% do salário de novembro, salário de dezembro e o 13°. Rodoviários da Turisguá informaram que a empresa estaria devendo vencimento de dezembro e segunda parcela do 13°. Já trabalhadores da Siqueira e da Cordeiro disseram que estariam sem receber salário de dezembro e 13°.
Queixas - Nos terminais rodoviários, usuários reclamaram de horários irregulares dos ônibus. “Moro no Farol e precisei vir ao Centro para receber um pagamento. Quando vim, quando era 7h30, fiquei esperando e não veio ônibus. Então precisei pagar R$ 5 numa van. Agora, para voltar, estou esperando há mais de meia-hora e nada ainda”, relatou a dona de casa Penha Gomes, 66 anos, por volta das 10h, na rodoviária Roberto Silveira.
Paralisação - A terça-feira foi de dificuldade para os usuários do transporte coletivo de Campos por conta da paralisação. No terminal Luís Carlos Prestes, no Centro, não havia nenhum ônibus do consórcio União nos pontos por volta das 11h. Por volta das 11h30, Ilsa Cabral Vicente, 49 anos, que trabalha com serviços gerais, foi pega de surpresa pela falta dos coletivos. Ela, junto com sua filha de 11 anos, foi para a rodoviária Roberto Silveira, carregando várias bolsas, para pegar um coletivo para Farol de São Thomé.
— Nem sabia que estava sem ônibus. Estou descobrindo agora. Esperando há uns 15 minutos e não tinha conhecimento disso. Vou ver o que vou ter que fazer. Já estava planejado para eu encontrar com familiares lá no Farol — disse.

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