Nome de Jefferson a prefeito ganha força com Lula no Rio
12/08/2023 08:34 - Atualizado em 12/08/2023 08:36
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
Nomes a 2024
Desde 3 de junho deste ano, esta coluna adiantou, em uma nota, a seguinte abordagem: “salvo o imponderável, dois nomes hoje parecem certos às eleições municipais de 6 de outubro de 2024: Wladimir Garotinho (PP), na tentativa natural de reeleição, e o professor Jefferson Manhães de Azevedo (PT), reitor do IFF (…) Além destes, todos os demais nomes dependem da conjuntura”. O assunto voltou a ganhar destaque no Folha no Ar, da Folha FM 98,3, dessa sexta-feira (11) em entrevista com Wladimir, que, inclusive, analisou, de forma mais detalhada, o possível adversário Jefferson, como pode ser conferido nas páginas 2 e 3 desta edição.

Com Lula
O mesmo tema já tinha sido comentado pelo próprio Jefferson ao participar do programa, no último dia 28, quando admitiu a possibilidade de se candidatar a prefeito. A confirmação do nome do reitor ao pleito parece estar ganhando cada vez mais corpo. Nessa quinta-feira, ele apareceu na Globo News, em rede nacional, com o presidente Lula (PT), na cidade do Rio de Janeiro. O encontro se deu nas assinaturas do acordo do Porto Maravilha, do ato de coordenação de Aeroportos do Rio e da parceria com o Impa Tech, a Faculdade de Matemática.

Articulação
Além do encontro com o presidente, que demonstrou entusiasmo com a possibilidade de Jefferson se candidatar pelo PT a prefeito, o reitor aproveitou para afinar aproximações políticas. Além do deputado federal Lindbergh Farias e do presidente do PT-RJ, João Mauricio de Freitas, Jefferson se reuniu com o deputado federal Caio Vianna (PSD), que apoiou Lula no 2º turno em 2022. Não está descartada uma aliança sua com o PT em chapa majoritária goitacá em 2024. Que serviria para Eduardo Paes (PSD), responsável pela ida de Caio para a Câmara Federal, espelhar em Campos a união que pretende montar para tentar sua reeleição no Rio.
Carla entre nomes
Quem também esteve com Lula e com Eduardo Paes foi a deputada estadual e ex-prefeita de São João da Barra, Carla Machado, outro nome forte do PT na região e que até aparece em pesquisas feitas à Prefeitura de Campos. Como esta coluna também já noticiou, Carla talvez encontre restrições para ser o nome do PT na planície goitacá por já estar pacificada na Justiça a vedação de candidaturas majoritárias seguidas em municípios vizinhos. Em 2020, Carla já tinha sido reeleita prefeita de SJB. É a tese do prefeito itinerante.

Jantar político
Mas, mesmo que Carla não seja a cabeça de chapa, ter Jefferson colado à imagem dela é algo que Lindbergh defende e até mesmo o próprio reitor. Nessa quinta-feira, Carla fez questão de postar: “Finalizamos a noite em um jantar na residência do prefeito Eduardo Paes e nos confraternizamos junto a muitos amigos, como os deputados federais Quaquá, Caio Vianna, Lindbergh Farias e o presidente do PT/Rio, Joãozinho. Também presentes, o nosso governador Cláudio Castro, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o Ministro Rui Costa, a 1ª Dama Janja (...)”.

Lula defende Castro
Pelo segundo dia consecutivo cumprindo agenda no Rio de Janeiro, Lula lançou, nessa sexta-feira (11), o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante a cerimônia, em que assinou os decretos, no Theatro Municipal do Rio, o presidente defendeu Cláudio Castro (PL) e deu um “puxão de orelha” na plateia do evento, que vaiou o governador todas as vezes em que seu nome foi citado. Castro foi apoiador de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. “Quando fazemos atos como esse, não é para nós do PT, é para a sociedade brasileira”. Também presente ao lançamento, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), defendeu a “necessidade do amplo diálogo e da parceria entre os poderes, independentemente de partidos e posições políticas” e postou fotos com Castro.

Thuin no Folha no Ar I
Na quinta, em participação no Folha no Ar, quem avaliou o cenário eleitoral de Campos foi o vereador de Campos ligado ao grupo dos Bacellar Raphael Thuin (PTB). “Eu não acho sadio a cidade ter um único candidato. A cidade tem que ter opções, da esquerda, da direita, do centro, tem que ter ideias diferentes para a população poder escolher, porque isso é ruim para o próprio governo. ‘Ah, eu já ganhei, vou ganhar com 60% e não vai ter outro candidato’, a própria Prefeitura se acomoda, os funcionários se acomodam e aí a gente vai vivendo problemas no nosso cotidiano”.

Thuin no Folha no Ar II
Ponderando que muita coisa pode acontecer até o próximo pleito e avaliando o cenário atual, Thuin também ressaltou: “Eu acho que o Wladimir realmente teria a grande chance de ganhar no 1º turno, apesar de eu não concordar com muita coisa. Eu acho que nós, nós que eu digo a sociedade, estamos batendo muita palma para o feijão com arroz básico do cotidiano, que é importantíssimo, mas que poderíamos estar comendo um prato muito mais saudável. Está faltando isso ainda para Campos. Eu acho que o governo ainda está pecando muito na questão de ser o todo poderoso e querer resolver tudo e não pensar no futuro de Campos”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS