Apesar de estarmos no inverno, as temperaturas permanentes têm sido mais altas. No entanto, na última semana, uma queda brusca nos termômetros fez os campistas retirarem as roupas de frio dos armários. Mesmo o clima agradando a uma boa parte da população, a mudança repentina na temperatura pode afetar seriamente a saúde, principalmente de pessoas com condições crônicas, segundo Dr. Nélio Artiles, médico infectologista.

As principais doenças relacionadas ao frio, de acordo com Dr. Nélio, são as respiratórias, como infecções virais e bacterianas, sinusite, bronquite e pneumonia.

— Isso acontece porque o frio afeta as mucosas do nariz e das vias respiratórias, causando vasodilatação e produção de muco, o que aumenta o risco de infecções. Pessoas com doenças crônicas e alérgicas têm ainda mais chances de desenvolver esses problemas — ressaltou o médico.

Além das doenças respiratórias, o infectologista alerta que o confinamento durante o inverno aumenta a transmissão de doenças como a gripe, a Covid-19, entre outras infecções respiratórias.

— Todas essas doenças são preveníveis, principalmente com a vacinação, que deve ser realizada de forma rotineira — lembrou Dr. Nélio, acrescentando que o frio intenso também pode impactar a saúde cardiovascular, especialmente em pessoas com hipertensão ou cardiopatias que não fazem o uso adequado de medicamentos.

Segundo o médico, durante o inverno, o organismo tenta compensar a temperatura externa baixa ao realizar uma vasoconstrição nas extremidades, como mãos e pés, para aquecer mais o corpo.

— Essa adaptação pode levar ao aumento da pressão arterial e agravar condições cardiovasculares, especialmente em indivíduos que não seguem corretamente os tratamentos prescritos — destacou.

Como forma de evitar complicações, o infectologista recomenda cuidados como manter a medicação em dia, realizar atividades físicas regulares e manter uma boa hidratação.