Após aumento nos casos das doenças, médico de Campos fala sobre as diferenças entre dengue, zika e chikungunya
Rafael Khenaifes 06/04/2024 13:07 - Atualizado em 06/04/2024 13:13
Mosquito da dengue
Mosquito da dengue / Foto Divulgação
O infectologista Charbell Kury pontuou as diferenças da dengue, zika e chikungunya. Vale ressaltar que Campos vive uma epidemia de dengue desde o dia 1º de março. O especialista avaliou os distintos sintomas das doenças.
“A dengue é uma vasculite. Ela causa inflamação dos vasos que vão combinar com baixa pressão e um extravasamento plasmático, que é o líquido saindo do vaso. Portanto, febre alta, plaqueta baixa, hematócrito alto, hipotensão, sangramento e choque são mais comuns na dengue. Diferentemente da dengue, a chikungunya, por exemplo, é uma inflamação. Ela atinge mais as articulações, causando dores e inchaços, como artrite. Além disso, a doença tem predileção pelo olho, fazendo conjuntivite, e se caracteriza pela febre moderada. Também aparecem, logo nas primeiras 24 horas, as lesões de pele (rash cutâneo), ao contrário da dengue, onde essas manchas surgem mais tardiamente, geralmente sem febre. No caso da zika, o paciente pode nem ter febre e, se tiver, será muito baixa. A doença também se destaca pelas manchas na pele e coceira no corpo”, explicou.
O médico, além disso, enfatizou o olho avermelhado, que são pontinhos no conhecido “branco do olho”. Pode ser confundido com conjuntivite, Portanto, atenção, já que pode ser um sangramento da dengue”, disse o médico.

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS) informou foram registradas 6.076 notificações para dengue, entre confirmação laboratorial e clínico epidemiológico. Deste total, há um óbito de um paciente de 64 anos. Já chikungunya foram 182 notificações. Não há registro de zika.
E que os casos de dengue ficaram assim: em janeiro foram 848; fevereiro 2.722 e, em março 2.506. Para chikungunya foram 46 casos em janeiro, 59 em fevereiro e 77 em março.


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