Governo Wladimir ainda busca rota ideal para solucionar problema do transporte
Dora Paula Paes e Ingrid Silva - Atualizado em 24/02/2024 08:51
  • Terminais ainda em construção (Fotos: Rodrigo Silveira)

    Terminais ainda em construção (Fotos: Rodrigo Silveira)

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    Terminais ainda em construção (Fotos: Rodrigo Silveira)

O Governo Wladimir chega em seu último ano de mandato e o transporte público continua sendo o “Calcanhar de Aquiles”. Em julho passado, uma pesquisa com 1.001 campistas, realizada pelo Iguape, mostrou que 13,9%, estavam insatisfeitos. O governo, no entanto, evitou a falência do setor com subsídio do óleo diesel (ônibus e vans) e corre para conseguir do governo federal ajuda de R$ 500 milhões do PAC Seleções para mudar de vez a rota caótica com 300 ônibus novos e modernos.
A expectativa no momento é quanto ao novo sistema de bilhetagem, com licitação marcada para abril e a conclusão dos três terminais da Integração.
Desde o primeiro semestre de 2022, a Prefeitura prometeu os terminais de Donana, Nova Canaã e Ururaí. Porém, até o momento, as obras que deveriam ser entregues no início deste ano ainda não estão completas. Segundo o município, as estações de integração, em Donana e Nova Canaã, estão 80% construídas. Em Ururaí, a obra nem chegou a ter início. No ano passado, houve uma mudança de local a pedido dos moradores e foi informado que estava passando por licenciamento ambiental. Contudo, até o momento, não há nenhum movimento de obras na estrada do Araçá, onde acontecerá a construção devido a processos burocráticos, como informado pela Prefeitura nesta quinta-feira (22).
De acordo com o presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes de Campos (IMTT), Nelson Godá, só será possível reformular o sistema quando as três unidades estiverem prontas, ou seja, só será lançado quando todas estiverem completas. Segundo a Prefeitura, a previsão está mantida para março deste ano.
A comerciante Marilea de Espírito Santo tem uma venda atrás de um ponto de ônibus na região de Donana e comenta sobre a situação que, segundo ela, está péssima. “Eu ando de bicicleta para não pegar o transporte público. Está péssimo, precário. O prefeito deveria fazer mais, olhar mais por isso. As vans superlotadas (...) Para ir para o centro não tem ônibus, só van”, explica ela, reclamando que os idosos não conseguem embarcar.
A costureira Maria das Neves, de 69 anos, vive na pele o desrespeito com os idosos, assim como a falta de espaço na van e a falta de ônibus.
A estudante Joice Ferreira, outra moradora do Nova Canaã, também enfrenta problemas com o transporte público. “Daqui do serviço, eu já vou para onde eu estudo. Na hora de voltar, eu volto sempre nos últimos horários e tem poucas vans, e o ônibus”, relata.
Transporte foi debatido em audiência pública
Transporte foi debatido em audiência pública / Divulgação - Câmara de Campos
A questão do transporte resultou na primeira audiência pública na Câmara de Campos, na quinta-feira (23). A realização estava dentro do acordo da polêmica votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), entre o Executivo e o Legislativo. As questões dos terminais da Integração, da licitação da bilhetagem foram questionadas pelo representante do governo. Já o subsídio do óleo diesel, ofertado pelo governo, com apoio de todo o Legislativo, com aporte de R$ 3,6 milhões/mês, foi o ponto positivo. O transporte público ainda é o “Calcanhar de Aquiles” do governo Wladimir, chegou a admitir o vereador da base governista, Juninho Virgílio.

O presidente da Casa, Marquinho Bacellar, participou como debatedor. Bacellar lembrou que a necessidade de realizar a audiência estava dentro do embate da LOA. “No meu jeito, considero o sistema (de transporte) falido, que precisa ser aprimorado”, disse. E, que, para ele, precisa começar do “zero”.

A audiência não teve grande participação popular, mas os presentes levaram pontos importantes, principalmente, representantes das empresas de ônibus e permissionários do transporte alternativo.
Representante do Consórcio Planície, José Maria Matias Júnior, falou em números e reclamou da imensa massa da gratuidade em Campos. Segundo ele, Campos já teve mais de 300 ônibus circulando, hoje esse número não chega a metade. Ele explicou que a passagem de R$ 3,50 também é insuficiente para as despesas das empresas, quando seria necessário ter uma passagem de quase R$ 7,00. “Mas, sabemos, que é impossível. O que nos deu fôlego, que a situação poderia estar pior, foi o subsídio do óleo”, apontou.
Um dos representantes do transporte alternativo, Alex do Setor F, permissionário, disse que não é hora de encontrar culpados. Ele defende a união. Segundo ele, ainda é necessário que o governo crie um subsídio de gratuidade.

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