Campistas alcançam destaque no hipismo
21/05/2018 22:24 - Atualizado em 23/05/2018 16:41
Divulgação
Embora não seja do conhecimento de muita gente, Campos tem uma equipe com 20 competidores de equitação clássica que tem se saído bem nas provas do ranking estadual no Espírito Santo. O atleta Kauã Cardoso de Melo, 9 anos, é o segundo colocado, e Tássia Costa Aguiar, 10, está em terceiro, ambos na categoria 0,60m.
Na mesma categoria, os dois têm a companhia dos colegas de escola e pista, Rafaela Guimarães, 8 anos, em quinto, e João Victor Nogueira, 10 anos, em sexto. O objetivo do treinador Paulo Henrique Vieira Rodrigues é fazer com que cheguem ao Campeonato Brasileiro, que este ano acontecerá em julho, na cidade de São Paulo.
Com os ótimos resultados, a escola de equitação Manège Bananeiras (MB), que há 18 meses passou a funcionar no Rancho Rcq, dentro da Usina do Queimado, tem atraído cada vez mais praticantes para o esporte olímpico. Em 2018, a escola preferiu competir pelo Espírito Santo, já que no Estado do Rio de Janeiro o número de provas seria menor.
Além de muito bem colocada na categoria 0,60m, a MB também tem atletas entre os seis primeiros colocados nas categorias 0,90m extra e 1m. Os saltos dos cavalos e seus cavaleiros conquistam admiradores em Campos e cerca 50 alunos se revezam em aulas nos turnos da manhã, fim de tarde e noite.
A veterinária Vera Cardoso de Melo, que além de cuidar dos cavalos da escolinha é atleta e avó do aluno com melhores resultados no estadual, diz que apesar do sucesso do menino com os cavalos, a família tem muito cuidado para que o esporte “continue sendo um prazer”.
—Temos cuidado para que ele não se sinta pressionado. Os cavalos sempre foram uma grande fonte de prazer e é assim que deve continuar. Os benefícios do esporte são inúmeros, revela.
Ainda atleta do hipismo, Vera é uma apaixonada pelos equinos e pela atividade.
— Vejo o cavalo como uma extensão nossa, sem feriados, fins de semana, com sentimentos. E uma fonte inesgotável de suporte físico e emocional para as crianças, uma troca constante. Quem consegue controlar e se relacionar com um animal de 500 kg, consegue tudo que se propuser a fazer na vida. Simples assim—, diz
A vida em comunhão com a mãe-natureza
Mãe de Tássia, a técnica em química Telma Aguiar diz que a filha sempre gostou de cavalos e foi incentivada pelo pai, sempre ligado ao mundo rural. Atualmente, a menina treina três vezes por semana e o irmãozinho Alexandre, de 3 anos, também frequenta a escola de equitação na turminha iniciante.
— É um ótimo esporte e, além disso, proporcionamos aos nossos filhos uma vivência com a natureza, fugindo um pouco dos celulares e tablets —, diz Telma.
Paulo Henrique trabalha com crianças e adultos há mais de 20 anos. “Tudo o que aprendi na vida foi em cima de um cavalo”, revela. A princípio a escola funcionava na Granja Corrientes. Desde esta época, ele mantém alunos apaixonados, como o médico Ronald Young, que continua no grupo de competidores. “Estou, até hoje, em busca de cavalos ideais e de maiores conhecimentos. A equitação é uma atividade que reúne Arte e Ciência. Exige muita dedicação, coragem, paixão, suor, paciência, disposição física e, principalmente, humildade”, explica o médico cavaleiro.
O esporte como um fator de equilíbrio
Reconhecido pela habilidade em conduzir crianças no hipismo, Paulo Henrique afirma que o esporte trabalha em conjunto o exercício físico, o controle emocional e o psicológico, e contribui para aumentar a autoconfiança das crianças e adolescentes. Ele também destaca o contato com a natureza através do local da aula e dos animais.
— Aqui estamos num espaço totalmente voltado ao natural. Não ouvimos nem barulho de carro. As aulas são um momento de paz — explica Paulo.
Saindo da Granja, a escola funcionou muitos anos na Fundação Rural de Campos, onde treinaram campeões estaduais como as irmãs Gabriela e Izabela Pompermayer, 22 e 17 anos, respectivamente. Izabela ainda é atleta de destaque da MB e foi vice-campeã estadual pelo RJ no ano passado, indo ao Campeonato Brasileiro.
Com a saída da Fundação Rural, durante alguns meses a MB funcionou na propriedade rural do instrutor que dá o nome à escolinha, na Baixada Campista, até voltar à área urbana do município. (A.N.)

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