Sem ânimo pelos 9,3% dos royalties
29/11/2019 21:39 - Atualizado em 02/12/2019 14:42
Os municípios produtores da região Norte Fluminense receberam repasses dos royalties de petróleo acrescidos de 9,33% em novembro com relação a outubro. No entanto, percentual positivo não deve ser comemorado porque o cenário é de declínio. “Esse aumento nos repasses dos royalties se deveu a uma valorização do dólar e do preço do barril de petróleo em setembro, mas a tendência é de desvalorização da cotação do barril”, lembrou o economista Alcimar Chagas Ribeiro, que tratou do assunto em seu site Coneflu.
— O cenário é de declínio também pela questão da produtividade nos campos maduros. O panorama internacional é de incertezas, tanto que no recente leilão do pré-sal não houve maior número de interessados e ficamos a ver navios quando esperávamos faturar um bom estoque de divisas, mas isto não ocorreu — acrescentou.
Em novembro, foram R$108,9 milhões, concentrados 49,75% em Macaé; 27,28% em Campos; e 8,03% em São João da Barra. No acumulado de janeiro a novembro, a região recebeu R$1.145 milhões.
Em termos de participação relativa, o valor recebido pela região Norte Fluminense em novembro representou 25,03% do total do Rio de Janeiro e 14,94% do total distribuído a todos os municípios do país. Comparativamente as mesmas participações em 2014, ano que explodiu a crise do petróleo no mundo, a relação região Norte Fluminense / Rio de Janeiro atingiu 40,87% enquanto a relação região / Brasil atingiu 21,60%.
A perda de participação da região Norte Fluminense se deu em função do avanço da produção do pré-sal na Bacia de Santos e, consequentemente, da queda de produtividade da Bacia de Campos. Maricá, maior beneficiário da Bacia de Santos, recebeu em novembro R$59,9 milhões e um valor acumulado no ano de R$571,2 milhões. Niterói também se beneficia da Bacia Santos. Em novembro o município recebeu 44,9 milhões, acumulando uma receita de R$452,9 milhões no período de janeiro a novembro desse ano. (A.N) (P.R.P.P.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS