Sete ônibus apreendidos pelo IMTT por descumprimento de portaria
Maria Laura Gomes 02/12/2019 13:29 - Atualizado em 06/12/2019 15:05
Ônibus da Rogil é rebocado
Ônibus da Rogil é rebocado / Divulgação
Sete coletivos da empresa Rogil foram apreendidos, por volta das 8h30 desta segunda-feira (2), na localidade de Ururaí. O motivo teria sido o descumprimento da portaria do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) que determina que a linha Ururaí-Centro seja feita pelo transporte alimentador.
Proprietário da Rogil, Gilson Menezes explicou que a empresa não sai da linha, porque é uma concessão da empresa. Segundo o empresário, o valor da tarifa reduziu em mais de 50%, já que a tarifa oficial em Campos é de R$ 2,75 e a proposta do IMTT seria o ônibus da Rogil fazer a linha Shopping Estrada-Centro, por R$ 1,37.
— Nós precisamos de reajuste e não de desajuste. Da nossa parte, orientamos aos motoristas que não procedessem nenhuma resistência, que não houvesse desrespeito à autoridade pública. Nós estamos acionando o departamento jurídico e, com certeza, estaremos entrando com um mandado de segurança, porque a portaria dele é ilegal — ressaltou Gilson.
De acordo com a Prefeitura de Campos, “o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) realiza ações de fiscalização de maneira corriqueira em todo o município. Em relação à empresa citada, os veículos foram apreendidos por descumprimento da Portaria 66/2019 e Decreto Municipal 335/2019”.
Ainda de acordo com a nota, o IMTT, "informa que não fez e nem faz proposta à empresa de ônibus. Cabe ao órgão municipal gerir o Sistema de Transporte Coletivo da Cidade, e assim o faz por meio de suas determinações via ofício, Ordem de Serviço ou portaria, conforme legislação municipal vigente. Como amplamente divulgado ao longo dos últimos 18 meses, o Mobi Campos, novo sistema de transporte, é baseado no conceito da integração física, operacional e financeira, onde vans e micros do Sistema Alimentador e ônibus do sistema convencional têm trechos e percursos específicos e não concorrentes e, quando integrados, recebem de maneira dividida a receita".
A nota conclui que, "os ônibus têm exclusividade na área Central e, com isso, deixam de ter que percorrer as dezenas de quilômetros do Distrito até o Centro, fazendo apenas dos Terminais, situados numa distância média de 6 km, até o Centro- razão pela qual passam a dividir a receita com as vans e micros que fazem dos terminais até os distritos. Mais uma vez reiterados, não existe nenhum tipo de proposta à empresa alguma, tudo isso está baseado no Decreto 335/2019, que trata especificamente da integração tarifária".

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